Neymar superou ninguém mais, ninguém menos que o maior jogador de todos os tempos, o Rei Pelé.
Em jogo válido pela primeira rodada das eliminatórias Sulamericanas, marcada não só pela quebra do recorde, mas também pela estreia do técnico Fernando Diniz, o Brasil bateu a Bolívia por 5×1, em Belém. Neymar, o atacante estrela do Brasil, alcançou um marco histórico, superando ninguém menos que o maior jogador de futebol de todos os tempos, Pelé.
Imagem: Fernando Torres/AGIF
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Neymar: O maior artilheiro da Seleção Brasileira
O recorde em questão, o maior artilheiro da maior seleção do mundo, era questão de tempo para Neymar.
Figurinha carimbada desde 2010 (Pós Copa do Mundo) nas convocações da Seleção Brasileira, o ainda jovem franzino estreou guardando seu gol, de cabeça, contra os Estados Unidos, em amistoso.
Imagem: Jeff Zelevansky/Getty Images
Para todo o povo brasileiro, foi um momento de esperança ímpar. Mesmo com a sensação que a equipe poderia ter chegado mais longe na Copa de 2010, surgia ali o astro de uma nova geração. Isto porque os convocados de 2010 já apresentavam uma idade avançada, sendo que vários dali jogaram apenas mais alguns anos e finalizaram suas carreiras.
Do jogo contra os Estados Unidos até a partida de ontem (08/09/2023), contra a Bolívia, Neymar entrou em campo com a Amarelinha 125 vezes. Anotou 79 gols e 56 assistências, totalizando 135 participações em gols, ou seja, com uma média superior a uma participação em gol por partida. Incrível!
Os anos se passaram e Neymar se tornou, de longe, o principal jogador da Seleção Brasileira. Apesar disto, nunca foi unanimidade entre os torcedores. Foram 3 Copas do Mundo disputadas, duas derrotas nas quartas de final e uma outra na semifinal (o tão lembrado 7×1).
Verdade seja dita, Neymar sequer jogou o fatídico jogo, devido à grave lesão em suas costas causada por Zuñiga, embora isto aparente não aliviar uma parcela de culpa pelo ocorrido, diante dos olhos de alguns torcedores mais críticos.
Mas por que um jogador como este não é unanimidade? Zico, Falcão, Sócrates e tantos outros craques eternos da Seleção Brasileira não conseguiram chegar a glória de conquistar uma Copa do Mundo, mas não recebem o peso que Neymar recebe.
A questão aqui aparenta não ser uma injustiça praticada contra ele, mas sim uma queda de expectativa brutal. Ser um dos maiores jogadores da história do país, gera expectativa. Imagina-se que o jogador terá o comprometimento e desempenho esperados pela torcida, mas sequências de acontecimentos acabam desviando o atleta do caminho da conquista.
Independente da chegada ou não do título da Copa do Mundo, com o feito alcançado no Mangueirão, Neymar marca seu nome na história da Seleção Brasileira, de uma maneira que talvez jamais será apagada. Ele é o maior goleador.
Pelé se aposentou do futebol profissional em 1974. De lá pra cá, não é necessário listar aqui quantos jogadores excepcionais jogaram com a camisa do Brasil. Zico, Romário, Ronaldo, Careca e tantos outros goleadores natos.
Mas apenas em 2023, o recorde de 77 gols de Pelé foi quebrado. Isto mostra a força desta marca, que deve ser comemorada.
A estreia de Fernando Diniz
Aparentemente, a Seleção Boliviana não estava preparada para o estilo de jogo impresso por Fernando Diniz.
Como era de se esperar, com o pouco tempo que teve para trabalhar com o elenco, Diniz apostou em seu motivacional, visando potencializar a confiança dos jogadores e a primazia pelo jogo intuitivo.
Quando se tem de um lado uma equipe com jogadores de altíssimo nível e uma outra bastante inferior tecnicamente, a disparidade entre as duas se torna mais latente caso hajam espaços no campo.
A Bolívia marcava com linhas espaçadas, o que foi uma festa para os brasileiros. Os jogadores exalavam confiança, com toques rápido, ultrapassagens e dribles, a Seleção Brasileira teve um penalti.
Neymar foi para a bola e a expectativa era que ele quebrasse ali o recorde. Difícil lembrar a última vez que o jogador perdeu um penalti. Mas o primeiro tempo era todo de Viscarra, goleiro boliviano. Ele teve sangue frio para esperar até o último momento e realizar a defesa.
E esta não foi a única, defendeu uma cabeça espetacular de Richarlison.
Apesar dos esforços de Viscarra, que valem uma bela menção honrosa, os extremos brasileiros, Rodrygo e Raphinha estavam inspirados. O Rayo marcou aos 24 minutos do primeiro tempo.
Imagem: Beatriz Reis
O placar, ao fim da primeira etapa, era magro por tudo que o Brasil havia produzido e a expectativa era que, se mantido o ritmo, se tornaria mais elástico.
Assim aconteceu. Logo aos 47′, Raphinha faz bela jogada e conta com o desvio da defesa para fazer o segundo do Brasil.
Em seguida, Rodrygo faz o segundo gol, com assistência magistral de Bruno Guimarães.
O gol dos 71′, esse sim, foi o momento da quebra do recorde. Raphinha acha Rodrygo no meio da área, que dá um belo drible no zagueiro boliviano, que o derruba. Seria um penalti claro, isto se a bola não tivesse se oferecido para Neymar chegar batendo e fazer o gol que o colocou na história.
Na comemoração, socos no ar, assim como o Rei fazia.
Neymar ainda teve tempo de marcar seu segundo gol na partida e o quinto do Brasil, já nos acréscimos da partida.
A Bolívia marcou seu gol de honra com Ábrego, que aliás, foi um baita golaço. O jogador aproveitou o contra-ataque rápido e soltou uma bomba no ângulo de Edérson.
Finalizado o jogo, restam mais e mais expectativas na torcida brasileira. Será que Diniz se manterá no cargo e não haverá necessidade na chegada de Ancelotti? Será que Neymar atingirá sua melhor forma física e leverá o Brasil ao tão sonhado hexa?
A verdade é que o próximo teste já está à porta. Terça-feira, o Brasil enfrentará um adversário mais complicado e fora de casa, o Peru, em Lima.
Vejamos como será o desenrolar deste novo momento da Seleção Brasileira.
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Escrito por Vitor F L Miller