O Boca Juniors segurou a pressão do Palmeiras no Allianz Parque, levou o confronto para as penalidades máximas, onde Romero brilhou mais uma vez, levando o time argentino para sua 12ª final de Copa de Libertadores.
Foto: Conmebol
Palmeiras 1(2×4)1 Boca Juniors
Depois do empate sem gols no jogo de ida, em La Bombanera, o Palmeiras vinha para decidir o confronto como favorito, diante de seu torcedor. Contudo, a equipe do Boca Juniors, inferior tecnicamente, mas muito aguerrida demonstrou muita raça e tradição na Libertadores, para conquistar seu sexto empate no mata-mata da competição e vencer a disputa nas penalidades, conquistando a vaga na tão sonhada final.
No quarto confronto em mata-mata de Libertadores entre Palmeiras e Boca Juniors, os argentinos mantiveram sua hegemonia, pois eliminaram os brasileiros em todas ocasiões. A mais recente ocorreu em 2018, na qual os argentinos eliminaram o Alviverde também na semifinal no Allianz Parque.
Depois do jogo fraco que o Palmeiras havia feito na Argentina, se esperava que haveria uma mudança nas peças ofensivas da equipe, contudo Abel Ferreira manteve a mesma escalação, o que causou muita revolta dos Palmeirenses.
Apesar de ter o domínio do jogo, com posse de bola extremamente superior, o Palmeiras não criou oportunidades de perigo na primeira etapa.
Aos 14 minutos, Gabriel Menino tentou o arremate de longe, Romero defendeu , mas cedeu rebote e foi atingido por Rony. O atacante levou o cartão amarelo e houve um princípio de confusão entre os jogadores.
O Boca abriu o placar aos 22 minutos. Em jogada pela ponta esquerda, Merentiel passou com facilidade por Gustavo Gómez, invadiu a área e cruzou para Cavani, de carrinho, empurrar para o fundo das redes.
Foto: Conmebol
Aos 35 minutos, Marcos Rocha cobrou lateral na área, Mayke desviou e Rony tentou uma bicicleta. A bola foi pra fora sem perigo.
Para a segunda etapa, o Palmeiras precisava melhorar, fazer algo de diferente, pois teve um primeiro tempo muito abaixo. Dessa forma, Abel Ferreira promoveu as entradas dos garotos, Endrick e Kevin, no lugar de Marcos Rocha e Artur. O Palmeiras de fato melhorou, era uma equipe mais móvel, que agredia muito mais o adversário.
Endrick entrou muito bem e mudou o jogo. Aos 13 minutos, a joia deu belo passe para Mayke na ponta da área, o lateral bateu e Romero fez grande defesa. No rebote, Zé Rafael tentou o arremate de longe no cantinho e mais uma vez Romero apareceu, mandando para escanteio.
Aos 15 minutos, Barco tentou surpreender em cobrança de escanteio. O ponta tentou o gol olímpico e acertou a primeira trave, mas depois a bola foi pra fora.
Aos 20 minutos, Marcos Rojo foi expulso. O zagueiro, ao tentar carrinho em Kevin perto da área, fez a falta e tomou o segundo amarelo, deixando os argentinos com um jogador a menos por muito tempo.
Com um jogador a mais, o Palmeiras foi com tudo pra cima e passou a exercer uma pressão absurda, na qual o adversário praticamente não conseguia passar do meio campo.
Aos 26 minutos, Piquerez cruzou para Rony que cabeceou entre os zagueiros. Romero fez a defesa à queima roupa.
O Verdão chegou ao empate no minuto seguinte. Veiga cobrou o escanteio, a bola passou pela área e foi até Mayke do outro lado. O lateral acionou Piquerez no meio, que, de muito longe, mandou um chute cruzado e contou com um leve desvio no meio do caminho para superar o goleiro do Boca, que por sua qualidade, poderia ter feito a defesa.
Foto: Marcos Ribolli
Depois do empate, os argentinos passaram a fazer muita cera e conseguiram, de certa forma, segurar o ímpeto Palmeirense. Para desespero dos brasileiros, o árbitro assinalou apenas 5 minutos de acréscimo.
Rony quase marcou um gol antológico aos 46 minutos. Luis Guilherme cruzou e o artilheiro emendou uma bicicleta, Romero fez a defesa no contrapé. No rebote, o goleiro ainda conseguiu desarmar Endrick, que tentou um giro à la Zidane para marcar o gol.
Com a partida encaminhada para os pênaltis, Cavani abriu as cobranças e, apesar de marcar durante o jogo, bateu muito mal e Weverton fez a defesa. Dali em diante Romero brilhou, pois defendeu as cobranças de Raphael Veiga e Gustavo Gómez, enquanto o Boca converteu com seus 3 zagueiros, Valdez, Valentini e Figal.
Foto: Marcos Ribolli
Kevin e Piquerez converteram suas cobranças, mas Pol Fernández encerrou a série e acabou com o sonho do tetra Palmeirense.
O goleiro argentino, que foi vital em todas as fases de mata-mata do Boca, possui um aproveitamento assustador em cobranças de pênalti. Ele possui 52% de aproveitamento em defesas de pênaltis, defendeu 12 de 23 cobranças.
Na grande final, o Boca enfrenta o Fluminense no Maracanã, no dia 04 de novembro.
Siga-nos nas redes sociais para ficar por dentro das novidades do futebol estrangeiro: Instagram, Facebook e Twitter.
Escrito por Henry Miller.