Brasil 0x1 Argentina

A partida entre Brasil e Argentina no Maracanã ficou marcada pela briga generalizada nas arquibancadas. Além da primeira derrota da seleção Canarinha jogando em casa pelas eliminatórias.

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Briga na arquibancada

Inicialmente, torcedores Brasileiros e Argentinos começaram o “combate” durante a execução do hino nacional no setor sul, onde os fãs argentinos estavam concentrados, atrás de um dos gols do estádio. Não havia qualquer separação entre as duas torcidas.

Posteriormente, a polícia entrou em ação e teve um grande embate com os argentinos. Assentos foram arrancados e arremessados por parte dos torcedores, enquanto a polícia batia fortemente com cassetete. Ao perceberem a confusão, os jogadores da Argentina foram em direção ao tumulto, para tentar cessar o conflito, mas imagens mostraram diversos torcedores sangrando e outros tantos desesperados fugindo para o campo de jogo ou pulando muros que dividem setores do estádio.

Às 21h37, os jogadores argentinos, liderados por Messi, decidiram ir para o vestiário. O craque disse “Assim nós não vamos jogar”. Os atletas pediram 15 minutos para a situação se acalmar nas arquibancadas e voltaram ao campo exatamente às 21h52, assim o Clássico começou com 30 minutos de atraso.

Foto: Lance

Ao final de todo entrevero, oito pessoas foram presas, e duas precisaram de atendimento no posto médico do Maracanã.

Foto: Alexandre Cassiano

Brasil 0x1 Argentina

O jogo foi muito físico e disputado, com entradas fortes de ambos os lados, muitas faltas e aplicação de cartões para o Brasil, que, apesar da derrota, foi melhor, teve o domínio das ações, dando pouco espaço para a Argentina.

Aos 5 minutos, Acuña recebeu na esquerda, cortou Raphinha e tentou o arremate, que explodiu em Emerson Royal. Na sobra, Gabriel Jesus puxava o contra-ataque, mas deixou o braço no rosto de Rodrigo De Paul. O juiz deu o cartão amarelo para o atacante brasileiro.

Aos 14 minutos, Raphinha levou mais um cartão amarelo. Sem querer acertou a mão no rosto do adversário, novamente De Paul.

Aos 37 minutos, Raphinha bateu falta com perigo. A bola desviou na barreira e passou perto do travessão.

Aos 43 minutos, o Brasil teve sua melhor oportunidade. Raphinha cobrou escanteio, Dibu Martínez afastou, Martinelli dominou e bateu da entrada da área. A bola passou pelo goleiro, mas Romero tirou em cima da linha.

Aos 8 minutos da segunda etapa, Bruno Guimarães deu lindo lançamento para Raphinha na ponta direita da área. O atacante passou por Acuña e bateu de canhota, para defesa de Dibu Martínez.

Aos 12 minutos, Gabriel Jesus fez grande jogada individual, passou por Romero e Otamendi, dividiu com Acuña e a bola sobrou para Martinelli. O camisa 7 ficou cara a cara com o goleiro, mas bateu mal e Martínez fez a defesa.

A Argentina abriu o placar aos 17 minutos, em um belo gol de Otamendi. Lo Celso cobrou escanteio, André e Gabriel Magalhães vacilaram na marcação e Otamendi subiu alto para cabecear no ângulo, sem chances para Alisson.

Foto: ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Aos 36 minutos, Joelinton foi expulso injustamente. O volante disputava espaço com De Paul e para se desvencilhar empurrou o peito do argentino, que caiu no chão alegando que o brasileiro tinha acertado seu rosto. O fraco árbitro expulsou Joelinton e não foi revisar sua ação no VAR.

Com um jogador a menos, o Brasil continuou atacando a Argentina, contudo pouco fez. Apenas uma chance, aos 49 minutos, Douglas Luiz bateu de fora da área, Martínez bateu roupa, mas em seguida ficou com a bola.

Feitos negativos da Seleção Brasileira

A atual Seleção acumula fracassos e feitos negativos. Com a derrota para Argentina, foi a primeira vez que o Brasil perdeu em casa na história das eliminatórias, além disso acumulou sua terceira derrota consecutiva na competição, algo que jamais aconteceu.

Trata-se da pior campanha nas eliminatórias, com apenas 7 pontos em 6 jogos. Na rodada anterior, perdeu pela primeira vez para Colômbia na história da competição. Também desfez um tabu que durava 22 anos sem derrota para o Uruguai, perdeu por 2 gols de diferença, o que não acontecia há 40 anos.

Para se ter um comparativo, nos 9 primeiros jogos de Ramon Menezes e Fernando Diniz, o Brasil acumula 3 vitórias 1 empate e 5 derrotas, enquanto que Tite teve 100% de aproveitamento sofrendo apenas 2 gols, 12 a menos que agora.

Escrito por Henry Miller.