O Fluminense, passadas as treze primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro 2024, o atual campeão da Copa Libertadores, tem tido péssimas atuações nesta edição de Brasileirão.
Com isso, o Tricolor das Laranjeiras amarga a lanterna, segurando a por pelo menos mais uma rodada, já que mesmo que vença a partida seguinte, não será suficiente para alcançar o Corinthians, penúltimo colocado.
Acompanhe conosco as últimas performances, a queda de Diniz e as perspectivas de futuro.
Siga-nos nas redes sociais para ficar por dentro das novidades do futebol estrangeiro: Instagram, Facebook e X.
A saída de Diniz
O futebol é algo engraçado.
Recentemente, Fernando Diniz dava ao Fluminense sua primeira e tão desejada Copa Libertadores.
Jogando à sua maneira, o treinador conseguiu o sonho de todos, chegando ao cargo de técnico da Seleção Brasileira.
Ainda que tenha tido um desempenho pífio à frente da Amarelinha, pôde dizer que esteve lá.
Porém, em 2024, as ótimas atuações se tornaram passado, desde o início do ano. No Campeonato Carioca, eliminados pelo Flamengo na semifinal.
Pela Libertadores, não teve boas atuações, mas mesmo assim conseguiu se classificar para as oitavas de final. Por enquanto, as perspectivas de chegar longe no torneio são bastante pequenas.
No Brasileirão, são apenas seis pontos somados, com uma vitória, três empates e nove derrotas.
Possui o segundo pior saldo de gols, com 11 negativos e tem a segunda pior defesa, com 21 gols sofridos.
O ataque, que sempre foi uma marca dos trabalhos de Diniz, sobretudo no Flu, também não funcionou. Tem o terceiro pior ataque, com 10 gols marcados.
Todos estes fatores, combinados à falta de perspectiva de conseguir resultados positivos, a diretoria Tricolor optou por descontinuar o trabalho de Fernando Diniz.
O presidente, Mario Bittencourt, chegou a afirmar que a demissão do treinador ocorreu contra sua vontade, defendendo que teve que seguir os padrões brasileiros.
Fato é que, inegavelmente, os ciclos de trabalho chegam ao fim em algum momento. Desde o início do ano, Fernando Diniz não conseguiu imprimir seu estilo de trabalho. Não apenas dos resultados deixaram de aparecer, mas o tipo de jogo também.
Quando o time perde a essência do estilo do técnico, é porque provavelmente, não existam mais frutos a serem colhidos ali.
Agora, as eventuais razões para que isso possa ter ocorrido são das mais diversas, as quais tentaremos descrever abaixo.
Imagem: Reprodução UOL
As atuações insossas do Fluminense
O futebol que consagrou Diniz no Fluminese foi aposicional.
Isto, atrelado à busca incessante do gol, implicava a criação elevada de oportunidades.
Ainda que a equipe perdesse a partida, tinha indicadores como finalização e posse de bola consideráveis.
Ocorre que, recentemente, tais números caíram vertiginosamente, sendo percebidos tanto nos placares, quanto nas atuações.
Isto pode ter acontecido por alguns fatores:
Média de idade da equipe
Quando pegamos a média de idade do elenco do Flu, temos a informação de 26 anos, o que pode ser considerado bastante razoável.
Porém, quando observamos as partidas, o time titular e os principais substitutos, temos uma soma média muito superior.
Considerando os onze iniciais da partida contra o Grêmio, chegamos à média de 32,4 anos de idade.
Como opção no banco, Ganso (34), Renato Augusto (36) e Douglas Costa (33).
O referido estilo de jogo de Diniz pede muito da parte física dos jogadores. As constantes movimentações desgastam os atletas fazendo com se torne defasado, caso tal potência física não possa ser entregue pelos principais atores.
Imagem: Felipe Duest, Pera Photo Press
Falta de inovação
Fernando Diniz sempre foi criticado por sua falta de repertório. A equipe do Fluminense não abandonou seu estilo de jogo nem contra o poderoso Manchester City.
Desta maneira, não é absurdo pensar que, para o Fluminense, se tornou cada vez mais difícil enfrentar seus adversários. Isto, pelo fato de seu estilo de jogo ter sido amplamente estudado pelos oponentes, que criaram diversas maneiras de neutralizá-lo.
Portanto, a incapacidade de lidar com essa adversidade tornou a equipe previsível e presa fácil para os rivais.
Fim do ciclo
Diniz tem como uma de suas marcas a relação de confiança construída com seus jogadores.
Tem a capacidade de convencer os atletas a comprarem suas ideias e correr loucamente por ele e sua ideia de jogo.
Ocorre que, do ano passado para esse, jogadores saíram e entraram do clube.
Há a possibilidade destas novas peças não terem assimilado as palavras de Fernando Diniz, fazendo com que o treinador tenha perdido o controle sobre o vestiário, como em outros dias.
Por fim, estas são apenas especulações, já que não se pode cravar o motivo para o insucesso de um time que jogou tanta bola há pouco tempo.
O que se pode dizer é que as raízes são multifacetárias e podem ser sanadas, dado que o mercado ainda está aberto, tanto para jogadores, quanto treinadores.
Acreditam que o Fluminense se salvará do rebaixamento?
Imagem: Gilson Lobo/AGIF
Escrito por Vitor Miller.