Em uma partida simplesmente alucinante, Liverpool e Chelsea disputaram o título da Copa da Liga Inglesa, em Wembley.
Confira conosco o que ocorreu neste jogo histórico.
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Index
Situação das equipes
De um lado, o Liverpool de Jurgen Klopp. Líder da Premier League, finalista da Copa da Liga Inglesa, classificado para as oitavas de final da Europa League e para a quinta rodada da Copa da Inglaterra.
Mesmo com esse cenário favorável, nem tudo são rosas. Os Reds possuem um departamento médico lotado e lá estão muitos dos seus principais jogadores. Segue a lista:
- Salah
- Alisson
- Alexander-Arnold
- Thiago
- Diogo Jota
- Darwin Núñez
- Matip
- Curtis Jones
- Bajcetic
- Szoboszlai
Se por um lado todo o cenário é favorável e as lesões entram como exceção, com o Chelsea é diferente.
O time de Londres não vai bem na Premier League. É apenas o 11º colocado.
Ainda, tendo em vista a péssima campanha na temporada passada, o time londrino, depois de muito tempo, ficou de fora das competições europeias.
No mais, está na quinta rodada da Copa da Inglaterra e na final da Copa da Liga Inglesa.
O baixo desempenho do time de Mauricio Pochettino se dá muito pelo processo de reformulação forçado pela nova administração dos Blues.
Contando com um elenco muito jovem, os atletas tem sentido a pressão e a dificuldade em se firmar, sobretudo nos momentos de adversidade.
Como se não bastasse, o Chelsea também sofre com as lesões, fazendo com que Pochettino não dispusesse dos seguintes atletas:
- Badiashile
- Reece James
- Wesley Fofana
- Chukwuemeka
- Ugochukwu
- Romeo Lavia
- Cucurella
- Thiago Silva
Contudo, isto não quer dizer que será um trabalho jogado no lixo. Os comandados do argentino fazem boas atuações, sendo essa última contra o Liverpool uma bela partida.
Liverpool 1 x 0 Chelsea – final da Copa da Liga Inglesa
Vendo a partida, seria impossível dizer que se trata de um 0x0 em tempo normal.
Foram incontáveis as chances, de lado a lado. A bola simplesmente insistia em não entrar. Isto porque ambas as equipes acertaram a trave, bem como ambas tiveram gols anulados pelo VAR, um deles bastante duvidoso inclusive.
Conforme dito anteriormente, tanto Klopp quanto Pochettino estão com seus departamentos médicos lotados. Nesta final, a solução foi usar diversos jogadores jovens para suprimir as ausências.
Por isso, os Blues vieram escalados com: Petrovic, Malo Gusto, Disasi, Colwill, Chilwell (Chalobah), Moisés Caicedo, Enzo Fernández, Gallagher (Madueke), Palmer, Sterling (Nkunku) e Nicolas Jackson (Mudryk). *() substituições
O Liverpool, por sua vez, foi a campo com: Kelleher, Bradley (Clark), Konaté (Quansah), Van Dijk, Robertso (Tsimikas), Endo, Mac Allister (McConnell), Gravenberch (Joe Gomez), Elliott, Gakpo (Jayden Danns) e Luis Díaz.
Mesmo com as distinções de momento, não é exagero dizer que o Chelsea foi ligeiramente superior ao Liverpool, como retrato geral da partida.
De toda a forma, qualquer placar seria aceitável mediante a quantidade de chances criadas pelos times.
O primeiro lance de perigo, aos 20′, já foi estarrecedor. Palmer tem a bola dentro da área do Liverpool. O jogador enche o pé a um metro da pequena área, na certeza que estufaria as redes e abriria o placar. Porém, não contava com a defesa antológica de Kelleher. O substituto de Alison se atira e bloqueia o chute, se tornando um dos grandes personagens da final.
Imagem: Reprodução ChelseaFC
Dez minutos depois, os Blues tem outra chance de abrir o placar. Jackson é lançado em profundidade e com apenas um toque serve Sterling, que empurra para o fundo das redes.
Na verificação, o VAR constatou impedimento de Jackson no momento do lançamento. Não é exagero dizer que a posição irregular foi marcada por questão de centímetros, ou até mesmo milímetros. Muito ajustado.
A partir daí, os Reds passaram a responder. Em cruzamento de Robertson, Gakpo cabeceia para o chão e acerta a trave.
Isto foi apenas a primeira etapa.
Na volta para o segundo tempo, o Liverpool começou imprimindo mais seu ritmo, até chegar ao primeiro gol de Van Djik.
Em falta lateral, Robertson, mais uma vez ele, cruza de maneira primorosa para o zagueiro holandês, que cabeceia com força e abre o placar.
Entretanto, o VAR revisa o lance e assinala impedimento de Gakpo.
Contudo, não pudemos perceber qual teria sido a interferência do atacante na jogada. Tanto a bola quanto os jogadores que marcavam o autor do gol estavam a metros de distância de Gakpo. Difícil compreender o que foi visto neste lance pelo árbitro da partida.
Aos 75′ foi a vez do Chelsea botar sua primeira bola na trave. Palmer cruza para Gallagher, que dentro da área bate um pouco sem jeito. O arremate acerta a trave e não entra.
As chances não paravam de aparecer. Novamente, a dupla Palmer-Gallagher deu certo. Assim como no lance anterior, Palmer serve Gallagher, que sai cara a cara com Kelleher. O goleiro sai muito bem do gol, fecha os espaços e evita que os Blues abrissem o placar.
O dia era realmente do goleiro do Liverpool. No último lance do tempo normal, Palmer tem a bola perto da pequena área. Ele chuta e Kelleher faz linda defesa com os pés. No rebote, bate e rebate dentro da área. Nkuku tenta completar mas ela vai nas mãos do goleiro dos Reds.
Começa a prorrogação e o Liverpool volta a ter ótimas chances. O Chelsea contou com grandes defesas de Petrovic. Uma, em cabeçada no alto de Dann e outra em cabeçada no canto baixo, de Elliot.
Apesar dos esforços do goleiro sérvio, ele não sairia do jogo sem ser vazado. Tsimikas cobra escanteio aos 118′ e Van Djik entra como uma flecha para cabecear cruzado e finalmente botar a bola no fundo das redes.
Imagem: Reprodução This is Anfield
Desta vez, o VAR nada fez e o gol foi validado.
Por fim, não houve tempo para mais emoção e o Liverpool venceu a Copa da Liga Inglesa pela 10ª vez em sua história.
Uma marca importante para o ano, já que Jurgen Klopp não se despedirá sem títulos. Ele ainda buscará outros três, em que está muito vivo e com boas chances de vitória.
O sentimento de vitória foi tão grande que ele declarou:
“O que vimos aqui foi tão excepcional, que podemos nunca mais ver de novo. Não porque eu estava do lado do campo, mas porque essas coisas não acontecem no futebol. Há carreiras maiores do que a minha, mas nesses mais de 20 anos, é o título mais especial que eu já ganhei. Absolutamente excepcional.”
E você? Acredita que o Liverpool levantará mais canecos na temporada 2023/24?
Imagem: Getty Images
Escrito por Vitor F L Miller.
