Olimpia x Fluminense se enfrentaram nas quartas de final da Copa Libertadores. O Tricolor carioca venceu de forma convincente com o placar de 3 a 1, somando-se à vitória por 2 a 0 no Maracanã, totalizando 5 a 1 a favor dos brasileiros.
O Fluminense retorna às semifinais da Libertadores após 15 anos.
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Os caminhos das equipes
O Fluminense teve que enfrentar o algoz do seu maior rival. Nas oitavas de final, o Olímpia jogou contra o Flamengo. No jogo de ida, perdeu por 1 a 0 no Maracanã, deixando o empate em aberto para reversão no lendário Defensores del Chaco.
E foi exatamente isso que aconteceu. O Olímpia aproveitou bem as jogadas aéreas, derrotando o Flamengo por 3 a 1 no jogo de volta e avançando para as quartas de final.
Já o Fluminense enfrentou o Argentinos Juniors. O jogo de ida terminou em 1 a 1 na Argentina. No Maracanã, o Fluminense venceu por 2 a 0 com folga.
Na imprensa brasileira, falou-se muito sobre o que o Fluminense e o técnico da seleção brasileira, Fernando Diniz, poderiam fazer para conter a ameaça aérea do Olímpia, que havia sido a principal arma contra o Flamengo.
Imagem: NORBERTO DUARTE/AFP
No jogo de ida não houve opção. O Fluminense partiu para o ataque, deixando poucas ou nenhumas chances para os paraguaios. Eles fizeram 18 chutes contra 4 do Olimpia, sendo 6 deles acertados contra 0 do Olimpia.
O Fluminense controlou o jogo o tempo todo, com 70% de posse de bola, refletindo o estilo característico de Diniz.
Porém, a tradição do Olímpia na Libertadores era conhecida. Assim, mesmo com uma vantagem de 2-0, havia uma sensação de incerteza no caminho da segunda mão.
Ambas as equipes se encontraram novamente na segunda mão. O Fluminense levou vantagem e o Olimpia teve sua tradição e 80 mil torcedores no Defensores del Chaco.
Segunda mão – Olímpia x Fluminense
Na escalada, surpresa de todos por não haver surpresas. Fernando Diniz repetiu a mesma formação e os 11 titulares que venceram a partida de ida.
Tendo a vantagem de 2×0 e sabendo da força da bola aérea do Olímpia, imaginava-se que Diniz tentaria se proteger, colocando mais jogadores de marcação, especialmente aqueles que possuem uma maior estatura.
No início do jogo, o Olimpia teve duas boas chances. Sim, da maneira que já foi adiantado aqui. Em duas cobranças de escanteio, Fábio fez duas grandes defesas.
A partir daí, o plano de Fernando Diniz deu certo. O Fluminense se vale do toque de bola para segurar sua vantagem. Mesmo fora de casa, teve uma posse superior ao Olimpia.
Assim, aos 24 minutos, Keno acha passe em profundidade, que encontra um dos nomes do jogo, o jovem John Kennedy, que carrega e chuta forte no alto para fazer 1×0 para o Fluzão.
Imagem: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC
No entanto, o jogo ainda teve muita emoção. Perto do final do primeiro tempo, o Olimpia continuou apostando nos cruzamentos, criando perigo. Assim, quando Zabala recebeu a bola no lado esquerdo da grande área do Fluminense, ele inicialmente parecia pronto para cruzar, mas em vez disso cortou para dentro. Samuel Xavier virou as costas e perdeu completamente a marcação, deixando Zabala com espaço para chutar, o que ele fez. A bola desviou em Nino e frustrou as chances de Fábio defender.
O Olímpia empatou aos 44 minutos e teve mais oportunidades para sair na frente no primeiro tempo. O final do primeiro tempo favoreceu o Fluminense, permitindo ir ao vestiário e refrescar o clima aquecido do estádio.
No segundo tempo, o Olímpia tentou pressionar alto, mas o Fluminense de Fernando Diniz mostrou um de seus maiores pontos fortes: a capacidade de trabalhar a bola em espaços apertados.
Em uma dessas tentativas de pressionar alto, o Fluminense muitas vezes dava apenas 3 ou 4 toques e se encontrava no gol, mas Cardozo cometeu falta em um jogador do Fluminense durante um desses contra-ataques, recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso.
Depois do cartão vermelho, os espaços ficaram ainda mais frequentes. O Olimpia simplesmente faltou presença no meio-campo. O fim era inevitável e coube ao atirador.
Aos 80 minutos, John Kennedy fez grande jogada e acertou a trave, mas o rebote sobrou para Cano, que fez 2 a 1. Nos acréscimos, Cano teve mais uma chance e não desperdiçou. 3-1 Fluminense.
O Fluminense chega às semifinais após 15 anos.
Imagem: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC
As semifinais da Libertadores
Mais uma vez destacamos o domínio brasileiro na Libertadores. Haverá uma seleção brasileira na final, tendência que se mantém desde 2019. Desde 2019, apenas seleções brasileiras foram campeãs.
É claro que não podemos subestimar o Boca Juniors, um dos maiores times do mundo, mas muito provavelmente o título da Libertadores de 2023 permanecerá no Brasil.
Fluminense x Internacional (ida no Maracanã e segunda mão no Beira-Rio)
Boca Juniors x Palmeiras (jogo de ida no La Bombonera e jogo de volta no Allianz Parque).
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Escrito por Vitor F L Miller.