Peru x Brasil se enfrentaram pela segunda rodada das eliminatórias sul-americanas.
Marquinhos marca gol nos momentos finais da partida em cobrança de escanteio de Neymar. Acompanhe como foi a partida.
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Peru x Brasil: O jogo
A Seleção Peruana, ao contrario dos bolivianos, povoaram o meio de campo brasileiro e impossibilitaram que jogadores como Neymar, Casimiro e Bruno Guimarães tivessem liberdade para flutuar e acionar os extremos.
A marcação peruana foi pesada, e o Brasil tinha muita dificuldade de criar jogadas.
Este sistema se manteve por boa parte do jogo. Ainda que o Brasil mantivesse uma posse de bola superior, não era o suficiente para deter o controle da partida.
Apesar disto, a recíproca é verdadeira. Embora aplicado na marcação, o Peru não conseguia chegar com perigo no gol de Ederson. Seja por contra-ataques, seja pela criação de jogadas.
Contudo, esta é a principal diferença entre uma seleção que possui um dos melhores jogadores do mundo e outra que possui atletas de um certo nível, mas que pode contar muito mais com disciplina tática.
Nos poucos momentos em que o Brasil teve uma certa liberdade, Neymar recebe lançamento e toca para Raphinha, que bate duas vezes para marcar. Mas Neymar estava impedido.
Um outro momento foi uma rápida troca de passes pelo lado direito do ataque brasileiro, que acabou com um cruzamento magistral de Bruno Guimarães, que achou Richarlison no meio da área. O centro avante cabeceou com firmeza e guardou a bola no fundo das redes.
A comoção entre os jogadores foi grande, já que foi muito noticiado o mal momento psicológico pelo qual o atacante do Spurs passa. Desta forma, seus companheiros de equipe buscaram louvá-lo no momento do gol.
Entretanto, depois de absurdos sete minutos de verificação do VAR, foi constatado o impedimento de Richarlison e o gol invalidado.
O segundo tempo foi a repetição do primeiro, com pouquíssimas oportunidades para ambas as equipes.
O Brasil sabia da necessidade da vitória, tendo em vista que sua grande rival, a Argentina, conseguiu um ótimo resultado, vencendo a Bolívia por 3×0, na altitude de La Paz.
Assim, com um abafa final, a Seleção Brasileira ganha escanteio aos 90′. Neymar faz seu conhecido cruzamento forte, no primeiro poste. Como de praxe, Marquinhos ataca a bola em velocidade e acerta uma bela cabeçada, que acerta a bochecha da rede no segundo pau.
Garantida a vitória, o Brasil se mantem com 100% de aproveitamento nas eliminatórias e sob o comando de Fernando Diniz, além de reassumir a liderança.
Imagem: Reuters News Brasil
O “Dinizismo” na Seleção
Já é possível ver uma mudança da Seleção Brasileira com Fernando Diniz, quando comparada ao comando de Tite.
Ao contrário do estilo de jogo europeu dos dias atuais, no qual o jogo é extremamente posicional, com uma capacidade de improviso apenas no último terço do campo, para a decisão final, Fernando Diniz programa um caos controlado.
Pelas primeiras movimentações táticas observadas, os jogadores, não só de frente, como de defesa, tem liberdade para flutuar entre linhas, sem necessariamente guardarem suas posições.
As figuras mais marcantes disto são a forma pela qual Rodrygo se movimentou nas duas últimas partidas. O jogador começa as jogadas aberto mas logo se desloca para o meio. Mas não acaba por ai. Ele segue atacando os espaços livres ininterruptamente, tocando na bola diversas vezes e confundindo a marcação adversária.
Um outro ponto a ser exaltado é a primazia pelo jogo intuitivo. Em determinado momento na partida de ontem, Marquinhos, zagueiro, começa a saída de bola e, ao identificar um espaço aberto na defesa peruana, se lança para o ataque e tenta completar cruzamento que sai de Raphinha. Casimiro, por outro lado, faz a cobertura de Marquinhos.
Tudo isto demanda treino para a perfeição e, ainda que o jogo contra o Peru tenha sido medíocre, foram possíveis ver alguns traços do novo comandante da Seleção Brasileira.
Com tempo, a tendência é que a sinergia dos movimentos aumente e o Brasil colha bons resultados.
Imagem: Vitor Silva/CBF
Neymar próximo de mais um recorde
Após se tornar o maior artilheiro da Seleção Brasileira, Neymar está próximo de bater mais recorde, que inevitavelmente acontecerá em algum momento.
Após a assistência dada a Marquinhos ontem, ele totalizou 57 passes para gol com a Amarelinha.
Isto significa que ele está a um passe para gol de se igualar ao estadunidense, já aposentado, London Donovan, que tem 58, como o maior assistente entre todas as seleções.
Informaremos os fatos em nossas redes sociais assim que ocorrerem.
Imagem: Paolo Aguilar/EFE
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Escrito por Vitor F L Miller.