Zico: O Maestro Artilheiro

Impossível ou pouco provável que qualquer amante de futebol não saiba quem foi Zico, ídolo máximo do Flamengo e do Kashima Antlers, com bela passagem pela Udinese e camisa 10 de uma das melhores seleções já formadas no mundo, o Brasil de 82.

O Início

Zico é natural de Rio de Janeiro e viveu sua infância no bairro Quintino de Bocaiúva, foi nomeado pelos seus pais Arthur Antunes Coimbra. Devido seu tipo franzino era chamado por seus familiares de Arturzinho, até que certo dia sua prima Ermelinda (Linda), aos dois anos de idade, passou a chamá-lo de arthurzico, depois de thurzico, porém em sua família já havia um Tunico e por causa disso o apelido dado naturalmente por Linda foi reduzido para simplesmente Zico, alcunha que carrega consigo até hoje e conhecida mundialmente.

Zico sempre teve o futebol dentro de casa, seu pai José Antunes Coimbra, foi goleiro amador e dois de seus irmãos mais velhos foram excelentes jogadores profissionais, Edu e Antunes. Como Zico era o caçula da família, se inspirava muito em seus irmãos, que foram por muito tempo os ídolos do pequeno garoto de Quintino. Desde Criança tinha o futebol como paixão e coisa séria, jogou Futebol de Salão pelo time do bairro Juventude de Quintino e também pelo River Football Club, do bairro de Piedade no Rio de Janeiro.

Arthurzinho sempre foi um garoto franzino, de baixa estatura e muito magro, mas isso nunca o impediu que fosse destaque frequente nos jogos do River, em um desses jogos Zico fez nada mais nada menos do que 10 gols em uma única partida, era um garoto muito ágil e habilidoso, que grudava a bola nos pés. Estava acompanhando essa partida o radialista Celso Garcia, amigo da família de Zico. Sem pensar duas vezes Celso pegou Zico e o levou para a escolinha de futebol do Flamengo aos 14 anos de idade em 1967.

Chegando na base do clube Rubro-Negro, Zico passou a ser destaque nos treinos, porém com o tempo seu corpo não foi crescendo como o de outros garotos, inclusive daí foi lhe dado o apelido de Galinho  (apelido dado pelo jornalista Waldir Amaral), pois era magrinho, veloz e brigador. Mas isso não o abalou, passou a treinar mais, com bola e sem ela, principalmente a parte física e muscular.

Ainda pela equipe Juvenil, Zico atuou em alguns jogos pelo time profissional, tendo feito sua estreia contra o Vasco em 1971, na qual inclusive deu passe para o gol de Fio Maravilha, na vitória Rubro-Negra por 2×1 em jogo válido pela taça Guanabara (na época não fazia parte do Campeonato Carioca). Nesta temporada de 1971, com apenas 18 anos jogou recorrentemente pela equipe profissional, fez boas atuações, mas o Flamengo a época não vivia boa fase, tendo Zico atuado em todas as posições da frente: ponta, meio-campo ofensivo e centroavante.

Zico porém, nos anos seguintes, não jogou muito pelo time profissional, ainda mais que o técnico na época, o lendário Zagallo, pediu seu retorno para a equipe juvenil, o que veio a impulsionar trabalhos determinantes para o seu desenvolvimento mental, físico e atlético, inclusive fez tratamento com a aplicação de hormônios.

Montagem de Zico ao Lado dele mesmo adolescente.
Zico ao lado dele mesmo só que adolescente.

De Garoto Franzino a Maior Ídolo do Flamengo

Em 1974, mais maduro e com melhor porte físico para o futebol, Zico de maneira definitiva passou a ser profissional no Flamengo, inclusive já começou como titular e com a camisa 10. Zico agarrou a oportunidade e já em seu primeiro Campeonato Carioca como titular absoluto foi campeão do troneio pela segunda vez. Seu começo avassalador o colocou sob a ótica do Brasil inteiro, principalmente por ter feito um ótimo Campeonato Brasileiro e levado para casa o prêmio de melhor jogador da competição.

Com o tempo Zico foi se tornando um jogador cada vez melhor, continuava com suas características intrínsecas como a boa condução de bola e visão de jogo, mas foi aprimorando seu chute, suas cobranças de falta mas sobre tudo no plano mental e de liderança, o que foi determinante para Zico passar a ser um dos melhores jogadores da história do Futebol Mundial. Com isso o Galinho passou a ser o líder absoluto do time do Flamengo e xodó da torcida.

Ente 1978 e 1983 o Flamengo se transformou numa potência nacional e internacional, nessa época, o Rubro-Negro conquistou mais títulos que já havia conquistado (tirando os títulos Cariocas) em toda sua história, foram eles: os Campeonatos Cariocas de 1978, 1979 e 1981, os Campeonatos Brasileiros de 1980, 1982 e 1983, a Libertadores de 1981 e a Copa Intercontinental (Mundial de Clubes) de 1981.

Esse time foi mormente montado pelo técnico Cláudio Coutinho, que em 1978 idealizava um flamengo que jogasse parecido com a Holanda de 1974. Basicamente Coutinho acreditava que por ter grandes nomes no elenco, como Zico, Carpegiani, Júnior, Leandro, Adílio, Cláudio Adão, dentre outros, conseguiria implementar uma forte marcação pressão (teia de aranha) que impossibilitaria o futebol dos adversários.

Zico se deu muito bem nesse esquema introduzido por Coutinho, já que fazia a função de 3º homem do meio, o famoso 10, que propiciava muitas enfiadas de bola e passes decisivos, além de muitos gols feitos, frutos de sua constante chegada no ataque, chutes potentes, arrancadas que desconstruíam o time adversário e tabelas magistrais, porém o referido esquema não limitava Zico a ficar preso no meio, ele sempre flutuava pelas pontas para tabelar com seus companheiros que vinham pelo setor.

Com o tempo o Flamengo foi se fortalecendo com mais craques e jogava um futebol único, sempre comandado por Zico, que era o cérebro do time, o Galinho tinha uma característica que o diferia de qualquer outro jogador, sempre jogava de cabeça erguida e antecipava sempre as possibilidades que teria antes da bola chegar em seus pés, Zico fazia isso com tanto primor que parecia que tinha olhos nas costas.

Inclusive, Zico diversas vezes já mencionou que havia jogos em que ele saía exausto, não fisicamente, mas sim mentalmente. Zico sempre pensava o jogo enquanto estava jogando e cobrava de seus parceiros que também fizessem dessa forma. Fato curioso é que Zico quase todos os dias cobrava de Nunes, um dos maiores beneficiados pela genialidade do Galinho, que ele atacasse os espaços para que a bola chegasse em condição para finalização, e mais que isso, Zico procurava enfiar bolas que pudessem ser chutadas de primeira.

Em 1981, o Flamengo de Zico, já não era mais treinado por Coutinho, mas sim pelo recente aposentado Carpegiani. A entrada do meio-campista como treinador do Clube foi importantíssimo para que o Flamengo se sagrasse campeão da Libertadores, uma vez que ele conhecia todos os jogadores que iria treinar, principalmente Zico. O que possibilitou que ele fizesse alterações na tática da equipe que possibilitaram jogar um campeonato extremamente pegado como é a Libertadores.

O Flamengo  passou da 1ª fase da Libertadores de 1981 após vitória de 3×0 no jogo de desempate contra o Atlético Mineiro que havia conquistado os mesmos 8 pontos do clube Rubro-Negro. Algo atípico desse jogo é que foi 3×0 mas o Flamengo não marcou sequer 1 gol nessa partida. O resultado se deu pelo fato da equipe do Atlético ter perdido por W.O., pois, aos 37 minutos do primeiro tempo, teve vários de seus jogadores expulsos, impedindo a continuidade da partida.

Já nas fases semifinais, caiu no Grupo de Deportivo Cali da Colômbia e Jorge Wilsterman da Bolívia, o Flamengo se classificou facilmente para a Final após 4 vitórias em 4 jogos, com atuações magistrais do Galinho de Quintino.

Na Final, o Flamengo enfrentou o Cobreloa do Chile, que também havia ganhado todos os jogos da fase semifinal. O Cobreloa era conhecido por ser um time muito físico e que não deixava o time adversário jogar e contra o Flamengo não foi diferente, mas a genialidade e o poder de decisão do Galinho fizeram com que o Flamengo fosse pela primeira vez Campeão da Libertadores.

No primeiro jogo da final que ocorreu no Maracanã, com mais de 120 mil torcedores, Zico abriu o placar após linda tabela com Adílio, o camisa 10 arrancou pelo meio de campo, achou lindo passe para Adílio na entrada da área, que recebeu, girou e devolveu pra Zico que, entrando na área ajeitou a bola com a perna esquerda e clinicamente finaliza no canto esquerdo do goleiro.

Após contra-ataque puxado por Lico pela esquerda, ele foi deslocado pelo defensor do Cobreloa, pênalti, Zico pega a bola, coloca na marca, cobra firme e rasteiro no mesmo canto esquerdo que fez o primeiro gol da partida. o Cobreloa ainda desconta no final com gol de pênalti batido por Merello, 2 x 1 para o Flamengo.

O segundo jogo foi complicado, Flamengo não conseguiu imprimir o ritmo desejado, principalmente pela forte e as vezes desleal marcação do clube chileno, Soto inclusive tirou Lico do jogo que após forte entrada teve que ser levado ao hospital. O  Flamengo perdeu por 1×0 do Cobreloa, com gol de Merello, sendo assim, pelo regulamento da época,  houve o 3º jogo (desempate).

No dia 23 de novembro de 1981, no Estádio Centenário de Montevidéu, Zico fez história, logo no começo do jogo Zico recebe bola perto da área, tenta enfia-la para Andrade, mas ela é interceptada Andrade recupera a bola e passa para Zico, que de primeira (mais uma das inúmeras especialidade do Galinho) da um chutasso no canto esquerdo do goleiro chileno, 1 x 0 para o Mengão. O jogo passou a ficar mais tenso, os jogadores do Cobreloa marcavam muito forte, com chegadas firmes, mas o Galinho não se intimidou.

Após lindo passe em direção de Adílio, que corria em direção a área, o goleiro Wirth sai da área e intercepta a bola com a mão, falta para o Flamengo, Zico pega a bola com carinho, a ajeita de maneira única, a falta era da entrada da área, um pouco para a esquerda, especialidade do maior batedor de falta do mundo.

Zico curiosamente pegou pouca distância da bola (cerca de dois passos) partiu e deu uma chapada magistral; Gol. Vendo e revendo este gol não da pra entender ao certo como essa bola entrou, ela sai forte dos pés do galinho, ela sobe e desce direto no ângulo esquerdo (de novo) do Goleiro Wirth. Zico e Flamengo conquistam o primeiro título da Libertadores.

Zico fez nessa Libertadores um dos melhores campeonatos de sua história, fez 11 gols, sendo 4 nas finais, mostrou ali que além de ser um maestro magistral, era um jogador decisivo e que fazia gols como poucos, talvez por isso muitos achem que o Galinho é o 10 mais completo da história do Futebol.

Após conquista da Libertadores o Flamengo enfrentou o Liverpool pela Copa Intercontinental (Mundial de Clubes), na final o Flamengo não deu chance ao clube inglês e venceu por 3×0 com dois gols do artilheiro Nunes e um do polivalente Adílio.

Pós Libertadores e Intercontinental, Zico era tido como um dos melhores jogadores do mundo, ainda mais pelos títulos Brasileiros de 1982 e 1983, tendo sido extremamente importante para as conquistas, inclusive sendo artilheiro e melhor jogador de 1982 e reconhecido comoo melhor jogador de 1983.

Com tantos títulos conquistados e apresentações maravilhosas, tanto no Flamengo quanto na Seleção Brasileira, clubes europeus fizeram de tudo para contratar Zico, mas foi a Udinese que conseguiu contratar o 10.

Sendo assim acaba a primeira passagem de Zico pelo Flamengo, que volta em 1985, para ser coroado como maior ídolo da história do clube.

Zico chegou da Udinese,  e logo em seu segundo jogo após sua volta ao Mengão, sofreu forte entrada e rompeu os ligamentos de seu joelho, não atuando mais naquela temporada.

Em seguida, recuperado da lesão em 1986 calou diversos críticos que afirmavam que Zico estava “bichado”. Logo na estreia do Cariocão de 1986, em  jogo contra o Fluminense, Zico mostrou que ainda era o melhor do mundo na sua função, o Flamengo ganhou o clássico por 4 x 1 com atuação de gala do Galinho, com 3 gols, sendo um deles, um incrível gol de falta cobrado com maestria no canto do goleiro.

Após sua volta ao Rubro-Negro, Zico ainda foi campeão do Cariocão de 1986 e do Campeonato Brasileiro de 1987, o Galinho se despediu definitivamente do Flamengo em 1989 e seu último jogo com a camisa do Mengão não poderia ser melhor, foi uma grande vitória por 5 x 0 diante do Fluminense, inclusive, como de costume, Zico guardou um lindo gol de falta.

Zico saindo para comemorar o gol de falta contra o Cobreloa na Final da Libertadores de 1981
Zico saindo para comemorar o gol de falta contra o Cobreloa na Final da Libertadores de 1981

Itália e Udinese

A contratação de Zico pela Udinese foi na época uma das maiores transações feitas no futebol mundial, foi algo em torno de 4 milhões de dólares, porém a contratação foi alvo de diversas polêmicas. A Federação Italiana em primeiro momento, cancelou a contratação de Zico, pois cobrava da Udinese prestação de contas, para saber como que o Clube de Udine havia conseguido o dinheiro para tamanho investimento.

Isso revoltou a torcida dos Friulani, que não ficou parada e começou a protestar para que Zico viesse jogar pela Udinese, inclusive foram feitos protestos políticos, carregados pelo slogan criado pela torcida:  “Zico ou Áustria”, que fazia alusão ao domínio do Império Austríaco no século XIX sobre a Região onde esta localizada Udine. Sendo assim, houve grandes esforços para que a contratação de Zico fosse concretizada, inclusive do presidente italiano Sandro Pertini.

Zico em sua primeira temporada pela Udinese foi o que todos esperavam, driblou, deu assistências, fez gols de falta e teve atuações históricas, mas que não foram suficientes para que a Udinese fosse bem no Campeonato Italiano. Em sua primeira temporada Zico ajudou a Udinense a ficar em 9º lugar da Série A, embora a apenas a uma vitória do acesso à Copa da UEFA. Na primeira temporada Zico fez 19 gols, sendo vice artilheiro da Liga Italiana, ficando apenas atrás de Platini que marcou 20 gols, porém o Galinho recebeu o Prêmio de melhor jogador do Italianão nessa temporada.

Se não fosse uma lesão que o tirou de alguns jogos do primeiro campeonato que participou, provavelmente o Galinho iria ter conseguido levar a Udinese  para a Copa da UEFA, bem como ser artilheiro da Serie A Italiana, prova disso é que das dez vitórias da Udinese na competição Zico participou de 8, além de ganhar dos quatro primeiros colocados do campeonato: Juventus, Roma, Fiorentina e Internazionale.

Fato curioso em sua primeira temporada na Udinese foi o golaço de falta que Zico marcou na derrota de 2 x 1 contra o Avellino, Zico era companheiro de equipe do meia Franco Causio. Sempre quando Zico ia cobrar uma falta Causio ficava por perto pois queria fazer uma jogada ensaiada e Zico pedia para o italiano se afastar, até que certo dia o Galinho chegou para Causio e disse que no momento certo eles iriam fazer a jogada, dito e feito.

No jogo contra Avellino houve uma falta mais ou menos 30 metros do gol, em posição central mas um pouco para a direita. Zico toma distância, finge que vai chutar mas toca para Causio, que dá uma leve parada na bola para Zico chegar chutando firme e cruzado, a bola ganha altura e cai na hora certa atrás do goleiro que nada pode fazer.

Mesmo após ótima primeira temporada de Zico pela Udinese, na segunda ele conviveu com muitas lesões musculares e não conseguiu imprimir seu magnífico futebol, atuando por apenas 15 jogos da Serie A, nesta temporada 1984/1985 a Udinese se livrou por pouco do rebaixamento.

Assim chegou o fim do Galinho no futebol europeu, foi uma passagem curta mas com bons números, ao todo Zico fez 57 gols, sendo 17 de falta.

Muitos criticam a passagem de Zico na Itália, mas a própria torcida da Udinese o ama e o tem como ídolo, prova disso são o título de cidadão honorário de Udine, a pesquisa do jornal italiano La Repubblica em 2006 que pôs o Galinho como o melhor brasileiro a jogar na Itália e também a despedida de Zico da Seleção Brasileira que ocorreu em 1989 na cidade de Udine contra a Seleção do Mundo.

Zico jogando pela Udinese.
Zico jogando pela Udinese.

A importância de Zico para o Futebol Japonês

Após sua aposentadoria em 1989, Zico recebeu um convite em 1991 de ser jogador do então Sumitomo Metals, atual Kashima Antlers, com o intuito de popularizar o futebol no país nipônico. A ideia foi um sucesso, mesmo estando dois anos parado, Zico voltou a jogar um futebol magistral, com dribles desconcertantes e diversos golaços feitos, se tornou amado pelos japoneses, que muitos o tinham como o Rei do Futebol.

Zico SAN criou uma identificação enorme pelo Japão desde então, já que foi um dos principais expoentes da popularização e profissionalização do maior esporte do mundo em terras nipônicas. Até hoje a torcida do Kashima Antlers todo jogo o homenageia com uma faixa dedicada ao Galinho.

Sua história no Futebol japonês não acabou após sua saída do Kashima, Zico ainda foi diretor técnico da equipe em 2018 e foi treinador da seleção Japonesa de 2002 a 2006, sendo Campeão da Copa da Ásia de 2004 e melhor treinador da competição.

Estátua de Zico na frente do Estádio do Kashima Antlers
Estátua de Zico na frente do Estádio do Kashima Antlers

Pós aposentadoria, Zico o polivalente

Com sua carreira linda e consolidada, Zico não largou o futebol e sempre trabalhou nesse mundo, inclusive em diferentes funções, Zico já defendeu a seleção brasileira de futebol de areia, sendo campeão mundial em 1995 e 1996; já foi Secretário Nacional de Esportes entre 1990 e 1991, teve vários trabalhos com técnico e de diretor, foi comentarista esportivo e tem um canal no Youtube.

Tal polivalência do Galinho é resultado do que pra ele é sua maior qualidade, a determinação, determinação que parece ser sempre para ser melhor, somar e ajudar as pessoas e instituições.

Além de seus trabalhos Zico organiza um dos maiores jogos beneficentes do mundo, o jogo das estrelas, que sempre ocorre ao final da temporada do futebol brasileiro, tal evento é de extrema importância pois reverte seus ganhos para instituições de caridade, além de mostrar a pluralidade que é o Brasil e o futebol brasileiro.

Zico entrevistando Parreira em seu podcast: GalinhoCast.
Zico entrevistando Parreira em seu podcast: GalinhoCast.

Prêmios, Números e Recordes

Contabilizando jogos oficiais e amistosos, Zico tem 1199 partidas em sua carreira e 854 gols, sendo destes 545 em jogos oficiais. Os números do Galinho são impressionantes, ele inclusive é o 2º jogador que mais marcou gols em um única ano em competições oficiais, em 1979 fez nada mais nada menos que 89 gols, seu recorde foi quebrado por Lionel Messi em 2012, quando o argentino anotou 91 gols.

Zico é detentor de dois recordes, são eles: maior artilheiro da história do Flamengo com 509 gols, e maior artilheiro da história do Maracanã com 333 gols.

Prova de que Zico era um matador nato e que fazia gol de qualquer jeito são as 9 artilharias que tem na carreira, são elas: Campeonato Carioca 1975 (30 gols); Campeonato Carioca 1977 (27 gols); Campeonato Carioca 1978 (19 gols); Campeonato Carioca 1979 (26 gols); Campeonato Carioca 1979 (Especial) (34 gols); Campeonato Brasileiro 1980 (21 gols); Copa Libertadores da América 1981 (11 gols); Campeonato Brasileiro 1982 (20 gols) e Campeonato Carioca: 1982 (21 gols).

Zico além de maestro e artilheiro, mais do que tudo era um jogador decisivo, o que o fez ganhar diversos títulos: Campeonato Carioca de 1972, 1974, 1978, duas edições de 1979, 1981 e 1896; Campeonato Brasileiro de 1980, 1982, 1983 e 1987, Libertadores de 1981 e Intercontinental (Mundial de Clubes) de 1981.

Quando o assunto é cobrança de falta Galinho de Quintino é quase unanimidade, por muitos é considerado o maior cobrador de faltas que o mundo já viu, sendo dono de uma das cobranças mais diferenciadas já vistas ele tem 62 gols de faltas em partidas oficiais e 101gols contando as partidas amistosas que jogou por Flamengo, Udinese, Kashima Antlers e Seleção Brasileira.

Por onde passou Zico sempre foi destaque, seu jeito único de pensar o jogo, aliado a sua técnica ímpar com a redonda sendo para passa-la, conduzi-la ou chuta-la o credenciou como um dos melhores jogadores de futebol já visto, ganhando prêmios como:

Melhor jogador da Libertadores de 1981, melhor jogador dos Campeonatos Brasileiros de 1980, 1982 e 1983, Melhor Jogador do Campeonato Italiano de 1983/1984, Melhor Jogador do Mundo de 1981 pelo Guerin Sportivo, Melhor Jogador da América do Sul pelo o El Mundo em 1977, 1981 e 1982, Melhor Jogador do Mundo pela World Soccer em 1983, entrou para o Hall da Fama da FIFA em 2000, dentre tantos outros prêmios que põem Zico na Galeria de Ídolos eternos do melhor esporte do Mundo?

 

E ai amante do Futebol, Zico era tudo isso mesmo? Era melhor do que isso? Fato é que há motivos de sobra que o credenciam como um dos melhores jogadores de futebol que o mundo já viu, e que o que ele fez com a bola nunca será igualado, obrigado Galinho!

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Escrito por João Felipe Miller.

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