Após a demissão de Mano Menezes, o Corinthians fechou a contratação de António Oliveira, que estava no Cuiabá.
Neste artigo, falaremos sobre a trajetória de António Oliveira no futebol, bem como os caminhos que o levaram ao gigante paulista.
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Carreira de António Oliveira como jogador
A relação de António Oliveira com o futebol veio a partir de seu pai. António José Conceição Oliveira, mais conhecido como Toni, foi ídolo no Benfica e jogou 395 jogos durante 13 temporadas.
O filho seguiu os passos do pai e também se tornou jogador de futebol, mas teve uma carreira modesta e curta, revelado na base do Benfica, ele passou por Braga, Santa Clara, Casa Pia, Oriental e Fabril Barreiro, todos times portugueses, até encerrar a carreira, em 2011, com apenas 29 anos.
Foto: AssCom Dourado
Início na beira do gramado
Logo após encerrar sua carreira como jogador, realizou um estágio no sub-17 do Benfica e recebeu a primeira chance no Tractor, do Irã. Onde foi auxiliar de seu pai entre 2012 e 2016 e conquistou a Copa do Irã na temporada 2013/14.
Ainda como auxiliar teve uma passagem curta de apenas seis meses, pelo Rudar, da Eslovênia. Assim, seu primeiro trabalho como técnico foi em 2017, quando assumiu o Kazma, do Kuwait, e seu pai era o manager da equipe. No final da temporada 2018/19, António Oliveira e seu pai saíram do clube, deixando o Kazma na 4ª posição do campeonato nacional. O Português também foi campeão da Taça Federação do Kuwait em 2018.
Foto: Kazma
Carreira no Brasil
Depois de se “separar” de seu pai, para seguir carreira solo, António Oliveira falou sobre essa ruptura: “Iniciei a carreira com ele (Toni) em 2012, quase no anonimato. E, ao longo dos anos, fui criando confiança, fui misturando meu trabalho, minha competência. Foi assim ao longo dos anos, também com conquistas, né? Nos últimos dois anos (2018 e 2019), com alguns recordes, mas não vivo de recordes. Vivo de trabalho e, depois, os recordes são o coroar desse sucesso – falou ao canal português Sport TV em 2019.
Dessa forma, teve sua primeira experiência no Brasil em 2020. O português aceitou o convite de Jesualdo Ferreira para ser o auxiliar do grupo principal e o técnico do time B do Santos. A dupla ficou no Santos de janeiro a agosto deste ano e com a demissão de Jesualdo, António Oliveira optou pela saída do peixe.
Foto: Reprodução/Instagram
Ao final de 2020, António aceitou o convite do gerente executivo Willian Thomas, que tinha trabalhado com ele no Santos, para ser auxiliar técnico de Paulo Autuori no Athletico Paranaense.
Em 2021, o português foi efetivado como técnico e comandou o Furacão durante 9 meses com 21 vitórias, sete empates e 12 derrotas em 40 jogos (58% de aproveitamento).
Foto: Albari Rosa
No primeiro semestre de 2021 foi técnico do Benfica B, então retornar ao Brasil para comandar o Cuiabá, conseguindo o principal objetivo da temporada que era deixar o clube Mato-Grossense na primeira divisão.
Após o sucesso foi contratado pelo Coritiba para a temporada 2023, mas teve uma relâmpago e foi demitido na primeira rodada do Brasileirão, quando foi derrotado por 3×0 para o Flamengo no Maracanã.
Em maio de 2023, António Oliveira volta ao Cuiabá e faz um grande trabalho. O time Mato-Grossense era dado como um forte candidato ao rebaixamento, mas a partir dos encaixes feito por António, se tornou uma equipe muito mais sólida, com marcação forte e rápida transição ofensiva.
O Cuiabá praticamente não correu riscos com António Oliveira no Brasileirão 2023, terminando a competição em 12º, à frente do Corinthians e se classificando para a Copa Sul-Americana. Além de protagonizar grandes jogos, como as vitórias sobre Flamengo, Santos, Fluminense e Bahia, todas vencidas por 3×0.
Foto: AssCom Dourado
Expectativa de António Oliveira no Corinthians
Tendo em vista a péssima fase, o António Oliveira pode melhorar muito o desempenho da equipe. Trata-se de um técnico promissor, com ideias bem definidas, portanto, inicialmente deve priorizar a defesa, que vem tomando muitos gols. Também deve fazer bom uso de seu centroavante, como fazia com Deyverson no Cuiabá, que além de marcar muitos gols (temporada mais artilheira da carreira), era muito importante na marcação, no primeiro combate.
O Corinthians vinha atuando com Mano em um 4-2-3-1 que se alternava para 4-1-4-1. O sistema preferido utilizado por António Oliveira, e que vinha sendo aplicado no Cuiabá, era um 4-3-3. Dessa forma, o português gosta de ver seu time fazendo triangulações, com jogadores próximos, e também dá muita importância para lançamentos que explorem bem a amplitude, os lados do campo, para desafogar uma jogada e fazer o adversário abrir grandes espaços em sua defesa.
Escrito por Henry Miller.