O futebol na era do TikTok, dos NFTs e das parcerias digitais: como mudam as receitas dos clubes

Por Marta Elena Casanova

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Antes bastava o estádio, os ingressos e os patrocinadores na camisa. Hoje, o futebol vive também (e muitas vezes principalmente) online. Redes sociais, conteúdos digitais, NFTs, parcerias tecnológicas: as receitas dos clubes vêm cada vez mais do que acontece fora das quatro linhas.
Mas o que tudo isso significa? Como se ganha dinheiro com o TikTok? E alguém realmente compra um vídeo NFT por 500 euros?

As redes sociais deixaram de ser só marketing

TikTok, Instagram, YouTube e X (ex-Twitter) são hoje canais essenciais para os clubes. Não apenas para se comunicar com os torcedores, mas para gerar receita real por meio de patrocínios digitais (banners, marcas marcadas, desafios), monetização de conteúdo (YouTube, Fundo de Criadores do TikTok) e vendas diretas via redes sociais (camisas, NFTs, assinaturas digitais).
Um vídeo viral com um jogador pode render milhares de euros. E quanto mais seguidores o clube tem, mais atrai parceiros dispostos a investir.

NFTs: modinha ou futuro real?

Os NFTs (Tokens Não Fungíveis) são objetos digitais únicos como vídeos, imagens ou ingressos virtuais, que os torcedores podem comprar. Clubes como PSG, Milan e Barcelona já lançaram suas próprias coleções.
A ideia é simples: vender experiências exclusivas ou lembranças digitais. Um NFT pode ser o vídeo de um gol, um acesso VIP virtual ou uma camisa “assinada digitalmente”. Em alguns casos, foram vendidos por milhares de euros.
O mercado esfriou em relação ao boom de 2021, mas ainda é uma área de experimentação interessante para clubes mais inovadores.

Patrocínios tecnológicos: a nova tendência

Antes eram cervejas, carros e companhias aéreas. Hoje, os principais patrocinadores são aplicativos de trading , criptomoedas ) e startups de tecnologia (software, IA, fan tokens). Essas empresas buscam visibilidade global e um público jovem. O futebol oferece isso. Para os clubes, são acordos milionários.
De acordo com um estudo, 25% das receitas comerciais dos principais clubes europeus vêm agora de atividades digitais. Isso significa milhões de euros a menos ligados à presença física (como o estádio) e cada vez mais concentrados no ambiente online. Para os clubes, é uma grande oportunidade: se têm, por exemplo, 10 milhões de seguidores no Instagram, podem gerar receita mesmo com o estádio meio vazio.
O futebol, para o bem ou para o mal, está se tornando cada vez mais digital. TikTok, NFTs e patrocínios tecnológicos são a nova fronteira das receitas. Uma mudança que pode afastar os torcedores mais “românticos”, mas que abre novas possibilidades de crescimento. E quem quiser entender para onde vai o futebol, hoje, precisa olhar também para o celular.

Por Marta Elena Casanova

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Tags: Estatísticas de Valor, Sponsor

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