Por Marta Elena Casanova
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Começa neste domingo, 15 de junho, o Mundial de Clubes da FIFA 2025, a competição de clubes mais ambiciosa e rica da história, que será disputada nos Estados Unidos até 13 de julho. Pela primeira vez, 32 times estarão em campo, divididos em oito grupos com quatro equipes cada. Os dois primeiros de cada grupo avançam para as oitavas de final, formando assim um torneio longo e espetacular.
Disputam o título os melhores clubes do ciclo 2021–2024, divididos em quatro potes com base no desempenho esportivo. Estão presentes nomes de peso como Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester City, PSG, Flamengo e Palmeiras. As italianas Inter de Milão e Juventus também estão na disputa, no pote 2, junto com Chelsea e Borussia Dortmund.
O torneio é uma vitrine global inédita e conta com uma premiação financeira sem precedentes.
Premiação: números de outro mundo
O Mundial de Clubes da FIFA 2025 não é apenas o torneio de clubes mais prestigiado — é também o mais lucrativo já organizado pela FIFA. Estamos falando de mais de 1 bilhão de dólares (aproximadamente 930 milhões de euros): uma quantia nunca antes vista em competições da entidade.
Como esse tesouro será dividido? Metade, cerca de 488 milhões de euros, será distribuída como bônus de participação. Mas não é um valor igual para todos: depende da confederação à qual pertence o clube e da sua força esportiva e comercial.
A outra metade — pouco mais de 440 milhões de euros — será entregue com base no desempenho esportivo: quanto mais vitórias, maior a premiação.
Alguns exemplos: um clube europeu pode receber entre 12 e 36 milhões de euros apenas por participar (com grandes diferenças entre os gigantes e os menos conhecidos). Os sul-americanos devem receber cerca de 14 milhões; africanos, asiáticos e representantes da CONCACAF ganham em torno de 9 milhões. Já o Auckland City, da Oceania, leva 3,3 milhões.
Clubes como Real Madrid ou Manchester City, caso vençam todos os jogos do torneio, podem faturar até 118 milhões de euros. A conta é esta: 36 milhões pela participação, 5,7 milhões por três vitórias na fase de grupos, 7 milhões pelas oitavas, 12,2 pelos quartos de final, 19,5 pela semifinal e 37,2 milhões pela conquista do título.
E as italianas? A Inter, melhor posicionada no ranking europeu, embolsará cerca de 24 milhões apenas por participar. A Juventus, um pouco abaixo, receberá entre 18 e 20 milhões.
A cada fase superada, os prêmios aumentam: 7 milhões nas oitavas, 12,2 milhões nas quartas, quase 20 na semifinal. O vice-campeão leva 27,9 milhões, enquanto o campeão fica com 37,2. Além disso, cada vitória na fase de grupos vale quase 2 milhões; um empate rende cerca de 900 mil euros.
Em resumo, o Mundial de Clubes 2025 promete unir espetáculo e cifras históricas — e pode mudar para sempre a realidade financeira de muitos clubes.
Equipes participantes e formato
As 32 equipes disputarão uma fase de grupos seguida por mata-mata. Elas foram divididas em quatro potes, com base nos resultados entre 2021 e 2024:
- Pote 1: Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester City, PSG, Flamengo, Palmeiras, River Plate, Fluminense
- Pote 2: Chelsea, Borussia Dortmund, Inter de Milão, Porto, Atlético de Madrid, Benfica, Juventus, Red Bull Salzburg
- Pote 3: Al-Hilal, Ulsan Hyundai, Al Ahly, Monterrey, León, Wydad Casablanca, Boca Juniors, Botafogo
- Pote 4: Urawa Red Diamonds, Al-Ain, ES Tunis, Seattle Sounders, Inter Miami, Auckland City, Mamelodi Sundowns, Pachuca
O fracasso nas vendas de ingressos: a FIFA em apuros
Apesar da grande expectativa, o Mundial de Clubes está enfrentando um notável fracasso nas vendas de ingressos. Mesmo com a presença de estrelas como Lionel Messi no Inter Miami, a partida de abertura contra o Al Ahly, em Miami, teve vendas decepcionantes, com menos de 20 mil ingressos vendidos entre mais de 65 mil lugares disponíveis. Os preços iniciais, fixados em US$ 349, foram drasticamente reduzidos para US$ 55,75 na tentativa de atrair mais público. A FIFA lançou promoções vinculadas à Copa do Mundo de 2026, prometendo benefícios para quem comprasse ingressos para pelo menos duas partidas do torneio de clubes; no entanto, essas ofertas escondem restrições, como a exigência de comprovar presença nos jogos adquiridos. Além disso, os torcedores que compraram ingressos pelo valor cheio agora estão sendo prejudicados, enfrentando altas taxas de cancelamento para poder aproveitar os novos preços com desconto. Esse cenário evidencia um planejamento questionável e uma desconexão entre as expectativas da FIFA e o real interesse do público.
Por Marta Elena Casanova