7 Brasileiros que Fizeram História na Itália

É notória a conexão entre Brasil e Itália, sobretudo através da massiva imigração de famílias italianas para o Brasil no final do século XIX e início do século XX. O Brasil é o país onde mais há pessoas de origem italiana sem ser na Itália, estimasse que 15% da população brasileira é descendente de italianos. No futebol essa conexão também é muito forte e vivaz, mas costuma seguir o caminho inverso, onde brasileiros vão a Itália competir em um dos futebols mais disputados e físicos do mundo.

Abaixo listaremos sete jogadores brasileiros que fizeram história na Itália.

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Os 7 Brasileiros

Altafini/Mazzola

José João Altafini, é natural da treadicional cidade de Piracaba no interior de São Paulo, nasceu 24 de julho de 1938 e desde cedo se destacou pelo seu faro de gol aguçado e técnica dentro de campo.

Quando jovem jogava nas categorias de base do XV de Piracicaba, se destacando rumou para o Palmeiras em 1956 aos 17 anos, no Alviverde José João passou a ser conhecido pelo mundo do futebol e ganhou o apelido de Mazzola, devido a semelhança física que havia com o astro italiano Valentino Mazzola.

Em dois anos de Palmeiras o jovem garoto ìtalo-brasileiro demonstrou o quão letal era dentro da área, era muito oportunista e parecia estar sempre no lugar certo na hora certa.

Em sua estreia pelo Palestra Italia Mazzoola fez 5 gols diante do Noroeste, resultado da tamanha eficiência e faro de gol foram os 90 gols em 126 jogos pelo Verdão, que o credenciou a vestir a Amerelinha na Copa do Mundo de 1958.

Na Copa do Mundo estreou como titular diante da Austria e guardou dois gols na vitória Canarinho , já contra a Inglaterra ele não brilhou e a seleção acabou empatando com a Inglaterra em 0x0, precisando do resultado positivo contra a temida União Soviética para passar à próxima fase.

Vicente Feola, o lendário técnico da Seleção de 1958, dá um baile na imprensa mudando o horário do treino que precedia um embate contra a União Soviética e promove diversas mudanças na Amarelinha, saem Joel, Dino Sani e Mazzola para as entradas de Zito, Garrincha e Pelé.

As alterações dão certo e o Brasil ganha por 2×0 dos Soviéticos, Mazzola ainda joga contra o País de Gales nas quartas, porém perde sua vaga para ninguém mais ninguém menos que o Rei Pelé. No final da Copa do Mundo o Brasil se sagrou pela 1ª vez campeão mundial.

Mesmo tendo perdido sua vaga na seleção titular Mazzola fez uma ótima Copa e depsertou interesse do Milan, que o contratou junto ao Palmeiras por 25 milhões de cruzeiros, valor extremamente alto para a época.

Chegando nos Rossoneri Altafini com apenas 19 anos de idade marcou 32 gols em 26 jogos pelo Milan e foi uma das peças fundamentais para a conquista do scudetto de 1958/1959.

Após a primeira temporada estonteante, Altafini continuava desfilando a habilidade tupiniquim em solos italianos, e marcava gol atrás  de gol, os fazia de todos os jeitos, de dentro da áre, de fora, de voleio, de cabeça, era um repertório e tanto do garoto que na época era considerado um dos melhores jogadores em atividade na Itália.

O negócio do jovem ítalo-brasileiro era marcar gols, inclusive chegou a marcar 4 gols em um Derby della Madonnina (Derby de Milão) e também 4 gols em Derby contra a Juventus e um dos poucos na história do futebol a marcar 5 gols em uma partida de Champions League.. Altafini com seus gols conquistou os corações dos Milanistas.

Altafini ainda pelo Milan foi campeão da Série A de 1961/1962 sendo o artilheiro da competição e da Liga dos Campeões, onde fez dois gols na final diante do Benfica de Eusébio e foi o artilheiro da competição com 14 gols, recorde que foi quebrado apenas em 2014 quando Cristiano Ronaldo anotou 17 gols.

Diante de todo seu sucesso no Milan, a Seleção Italiana procura Altafini para convocá-lo para a Azurra, como sabia que dificilmente voltaria a usar a Amarelinha, pois na época a Seleção Brasileira não costuma convocar jogadores que atuavam fora do Brasil, Altafini aceitou o convite da Seleção Italiana, porém na Azzurra não fez tanto sucesso, inclusive sendo duramente criticado pelo seu desempenho na Copa de 1962, na qual o Brasil novamente foi campeão.

Em 1965 sua passagem pelo Milan acaba após desentendimento com o atacante Amarildo, e após 120 gols em 205 partidas Altafini se despede dos Rossoneri e ruma ao sul da Itália, desta vez para o Napoli.

Onde ficou 7 anos, que não foram frutíferos em questão de títulos batendo na trave na temporada 1967/1968 com o vice campeonato, porém o craque continuava a fazer gols atrás de gols e encantando com suas atuações de gala. Ao total foram 97 gols em 234 jogos pelos Partenopei.

Em 1972 voltou ao norte da Itália, mas para a Juventus. Com 34 anos de idade, Altafini era uma espécie de substituto de luxo da Juventus e sempre entrava para mudar os jogos e decidir para a Vechia Signora, inclusive foi importantíssimo para as conquistas dos Scudettos de 1972/1973 e 1974/1975, marcando 37 gols em 119 partidas e sendo a voz da experiência no elenco.

Após 18 anos no futebol Italiano Altafini deixou seu nome marcado na história da Itália e junto a Giuseppe Meazza é o quarto maior artilheiro da história da Série A com 216 gols.

Altafini para os italianoos, e Mazzola para os brasileiros, foi um dos primeiros brasileiros a desbravar e fazer sucesso na Itália, que jogador e que figura.

Foto: Reprodução.

Paulo Roberto Falcão

O catarinense Paulo Roberto Falcão é mundialmente conhecido por sua elegância dentro de campo, começou sua carreira no Internacional de Porto Alegre, após ótima campanha na  Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1972, onde o Inter foi vice campeão, Falcão com apenas 18 anos de idade despertou interesse do técnico Dino Santi e logo foi integrado ao time profissional do Gigante da Beira Rio.

Em sua primeira temporada como profissional em 1973 se destacou, principalmente pela técncia e visão de jogo que apresentava mesmo sendo tão jovem, era um jogador extremamente cerebral, um meio cqampita que fazia o time jogar, bem como chegava como elemento surpresa para finalizar ao gol.

Falcão é um dos, senão o maior ídolo do clube colorado e junto ao Inter foi tricampeão brasileiro 1975, 1976 e 1979 e penta campeão gaúcho. Por causa de seu desempenho e estilo de jogo foi figurinha quase que carimbada em quase todas as convocações da Seleção Brasileira de 1996 até 1986.

Após apresentar todo seu estilo e qualidade no Brasil, Falcão rumou a Roma em 1980, logo após a reabertura para jogadores extrangeiros.

Ao chegar na equipe Giallorossa, parecia que foi feito para jogar ali, se encaixou como uma luva na equipe e rapidamente se tornou uma peça fundamental para os Luppi.

Seus passes desconcertantes, controle de bola fenomenal com suas passadas largas e suas constantes chegadas no ataque, além de sua experiência e liderança dentro de campo, fizeram com que, junto aos  seus companheiros fosse campeão da Copa Itália de 1980/1981 e 1983/1984 além do tão aguardado e famigerado título do Campeonato Italiano de 1982/1983 que os Luppi esperavam a mais de 4 décadas.

Tamanha é a idolatria da torcida Giallorossa com Falcão, que o apelidaram de Rei e Roma, sendo assim, não há como não dizer que Paulo Roberto, o Divino, o Rei de Roma, Falcão não é um dos brasileiros mais importantes na história do futebol italiano.

Foto: reprodução

Zico

Arthur Antunes Coimbra, Arthurzinho, Galinho ou simplesmente Zico é natural da cidade do Rio de Janeiro e começou sua carreira, bem como fez a maior parte dela no Flamengo, inclusive sendo o ídolo máximo do clube Rubro Negro.

Em sua primeira passagem pelo Flamengo, Zico desfilou todo seus estilo dentro de campo, era um jogador completo, passava como ninguém, grudava a bola no pé, fazia gols e era um exímio batedor de faltas.

De 1971 a 1983 disputou 630 jogos pelo Mengão e marcou 480 gols, além de ter sido campeão 6 vezes campeão carioca, três vezes campeão brasileiro, campeão da Libertadores e Campeão Mundial. Zico era um dos maiores nomes do futebol na época, sendo assim a Udinese não mediu esforços e fez de tudo para contar com o astro brasileiro.

A contratação de Zico pela Udinese foi na época uma das maiores transações feitas no futebol mundial, foi algo em torno de 4 milhões de dólares, porém a contratação foi alvo de diversas polêmicas. A Federação Italiana em primeiro momento, cancelou a contratação de Zico, pois cobrava da Udinese prestação de contas, para saber como que o Clube de Udine havia conseguido o dinheiro para tamanho investimento.

Isso revoltou a torcida dos Friulani, que não ficou parada e começou a protestar para que Zico viesse jogar pela Udinese, inclusive foram feitos protestos políticos, carregados pelo slogan criado pela torcida:  “Zico ou Áustria”, que fazia alusão ao domínio do Império Austríaco no século XIX sobre a Região onde esta localizada Udine. Sendo assim, houve grandes esforços para que a contratação de Zico fosse concretizada, inclusive do presidente italiano Sandro Pertini.

Zico em sua primeira temporada pela Udinese foi o que todos esperavam, driblou, deu assistências, fez gols de falta e teve atuações históricas, mas que não foram suficientes para que a Udinese fosse bem no Campeonato Italiano. Em sua primeira temporada Zico ajudou a Udinense a ficar em 9º lugar da Série A, embora a apenas a uma vitória do acesso à Copa da UEFA. Na primeira temporada Zico fez 19 gols, sendo vice artilheiro da Liga Italiana, ficando apenas atrás de Platini que marcou 20 gols, porém o Galinho recebeu o Prêmio de melhor jogador do Italianão nessa temporada.

Se não fosse uma lesão que o tirou de alguns jogos do primeiro campeonato que participou, provavelmente o Galinho iria ter conseguido levar a Udinese  para a Copa da UEFA, bem como ser artilheiro da Serie A Italiana, prova disso é que das dez vitórias da Udinese na competição Zico participou de 8, além de ganhar dos quatro primeiros colocados do campeonato: Juventus, Roma, Fiorentina e Internazionale.

Fato curioso em sua primeira temporada na Udinese foi o golaço de falta que Zico marcou na derrota de 2 x 1 contra o Avellino, Zico era companheiro de equipe do meia Franco Causio. Sempre quando Zico ia cobrar uma falta Causio ficava por perto pois queria fazer uma jogada ensaiada e Zico pedia para o italiano se afastar, até que certo dia o Galinho chegou para Causio e disse que no momento certo eles iriam fazer a jogada, dito e feito.

No jogo contra Avellino houve uma falta mais ou menos 30 metros do gol, em posição central mas um pouco para a direita. Zico toma distância, finge que vai chutar mas toca para Causio, que dá uma leve parada na bola para Zico chegar chutando firme e cruzado, a bola ganha altura e cai na hora certa atrás do goleiro que nada pode fazer.

Mesmo após ótima primeira temporada de Zico pela Udinese, na segunda ele conviveu com muitas lesões musculares e não conseguiu imprimir seu magnífico futebol, atuando por apenas 15 jogos da Serie A, nesta temporada 1984/1985 a Udinese se livrou por pouco do rebaixamento.

Assim chegou o fim do Galinho no futebol europeu, foi uma passagem curta mas com bons números, ao todo Zico fez 57 gols, sendo 17 de falta.

Muitos criticam a passagem de Zico na Itália, mas a própria torcida da Udinese o ama e o tem como ídolo, prova disso são o título de cidadão honorário de Udine, a pesquisa do jornal italiano La Repubblica em 2006 que pôs o Galinho como o melhor brasileiro a jogar na Itália e também a despedida de Zico da Seleção Brasileira que ocorreu em 1989 na cidade de Udine contra a Seleção do Mundo.

Foto: reprodução Udinese.

Cafu

Marcos Evangelista de Morais, o Cafu é um dos maiores laterais direitos da história do Futebol, natural de Itaquaquecetuba, interior de São Paulo, começou sua carreira no São Paulo Futebol Clube, com vigor físico admirável e consciencia tática ímpar, Cafu rumou para o Zaragoza da Espanha em 1995, onde ficou pouco tempo e logo voltou para o Brasil.

Foi para o Juventude numa manobra da Parmalat junto ao Palmeiras, para que pudesse se transeferir ao clube alviverde, onde ficou duas temporadas de muitas conquistas e sucesso absoluto, principalmenye em 1996 junto ao  histórico esquadrão verde e branco dos 100 gols no campeonato paulista.

Após muito destaque no futebol naqcional foi contratado pela Roma, onde jogou de  1997 até 2003, sendo um Luppi, Cafu foi um dos pilares da equipe junto a Totti e Aldair .

Na equipe Giallorossa recebeu o apelido de Il Pendolino (o trem expresso), devido a sua intensidade dentro de campo e capacidade única de ir e voltar o jogo inteiro, sendo uma arma poderosa no campo ofensivo e um pilar na fase defensiva.

Sua intensidade, dedicação, força física e sobretudo sua capacidade de engrandecer seus companheiros dentro de campo foram primordiais para a conquista do Scudetto de 2000/2001.

Suas grandes atuações na Roma credenciaram Cafu a jogar a Copa de 1998 e a de 2002 pelo Brasil, na qual Cafu foi capitão e ergueu a Taça de Campeão Mundial.

Em 2003 rumou ao Milan, onde fez ainda mais história em solos italianos, junto de uma geração magnífica dos milaneses Cafu de 2003 a 2008 foi campeão de tudo, Campeonato Italiano, Supercopa da Itália, Supercopa Europeia, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes.

A dedicação de Cafu ao jogo é exemplo para milhares de brasileiros, italianos e amantes do futebol ao redor do mundo, Cafu sem dúvidas algumas é um dos maiores laterais direitos da história do futebol e um dos  brasileiros que mais fizeram história na Itália.

Foto: Reprodução Reuters

Ronaldo

O Fenômeno Ronaldo Nazário de Lima começou sua carreira no Cruzeiro, após se destacar muito nas temporadas de 1993 e 1994 com 56 gols em 58 partidas o jovem dentuço foi contratado pelo PSV.

Na Holanda as coisas não foram diferentes, sua velocidade incomparável, aliada a um controle de bola único, senso de posicionamento e finalizações precisas fez com que o garoto de apenas 19 panos de idade já fosse tido como um dos maiores jogadores da época. No PSV foram 54 gols em 57 partidas, e mesmo que o PSV tentasse segurar de toda forma o craque brasileiro por mais tempo em seu elenco não conseguiu, afinal todos os grandes clubes da Europa o queriam.

Sendo assim o fenômeno rumou ao Barcelona, em terras catalãs o jovem habilidoso fez de tudo, era o mais veloz, o mais habilidoso, o mais inteligente e o que mais sabia fazer gols. O ainda jovem parecia um veterano de tanta intimidade que tinha com sua fiel escudeira (bola), ele parecia colocá-la onde queria, era inexplicável o que o carismático garoto fez com a camisa do Barcelona. Inclusive foi escolhido pela Fifa como o melhor do mundo em 1996, sendo o jogador mais jovem a ganhar a premiação.

Porém ao final da temporada em que Ronaldo era indiscutívelmente um dos melhores jogadores do mundo, ele tentou uma renovação com aumento salarial e o Barcelona recusou, sendo assim, a Internazionale de Milão agiu rápido e pagou sua multa recisória de 36 milhões de dólares, ele que já era um sonho antigo dos Nerazzurri, foi jogar na Itália.

Sua passagem pela Itália foi e não foi o que todos esperavam, ele começou voando, com 14 gols em 19 jogos, e inclusive sendo considerado o melhor jogador do ano pela FIFA pela segunda vez seguida.

Na temporada 1997/1998 Ronaldo demonstrou toda sua capacidade técnica, fazendo gols memoráveis, aplicando dribles desconcertantes e dando arrancadas inalcançáveis, tais qualidades foram predominantes para que a imprensa italiana apelidasse o garoto de Fenômeno, desde então o craque brasileiro nunca abandonou essa alcunha.

Porém como nem tudo são flores a Inter acabou perdendo o título da Serie A italiana num jogo muito polêmico contra a Juventus, no qual não foi marcado um penalti escandaloso em cima de Ronaldo.

Entretanto, depois, veio o título de campeão da Copa da Uefa, que serviu para reerguer o ânimo e a moral da equipe milanesa. O craque brasileiro marcou  34 gols em 47 partidas pela Inter na temporada 1997/1998. Uma temporada estonteante do Fenômeno.

Após a Copa do Mundo de 1998, o Fenômeno conviveu com diversas lesões em seus joelhos, inclusive tendinites constantes, que dificultavam muito a vida do craque dentro dos campos, além das serias lesões de rompimento dos ligamentos no joelho.

Sendo assim Ronaldo teve alguns lampejos, mas não voltou a imprimir seu costumaz futebol arte pela Inter de Milão. Ao todo, em quase 5 anos de Internazionale, o artilheiro fez 59 gols em 99 jogos, bons números, porém não era o que ele e a torcida esperavam. Mesmo assim foi um dos grandes nomes do futebol Italiano na época.

No final de sua carreira chegou a jogar no Milan, onde continuava a sofrer com lesões e dessa vez com a balança, em apenas 20 jogos  entre 2007 e 2008 Ronaldo fez 9 gols pelos Diabos, o que demonstrou que ainda era um craque da bola.

Ronaldo é um dos brasileiros que fez história na Itália por ser um dos melhores jogadores que o país já recebeu, o Fenômeno era uma peça única no futebol, o que ele fez com a bola no pé foi incomparável.

Ronaldo, um dos maiores brasileiros na história do futebol.
Foto: reprodução

Adriano

Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Adriano desde as categorias de base do Flamengo era conhecido pelo seu avantajado porte físico e força no chute. Fez quase toda a base como lateral esquerdo, até que no seu último ano de base, o lendário Carlos Alberto Torres o Capita, notou a qualidade do garoto e o deslocou para o atyaque, op que surtiu efeito imediato.

Em 200 fez sua estreia pelo Flamengo e demonstrava muita intensidade, vontade, habilidade e precisão e força nas finalizações, 1 ano depois de sua estreia pelo Rubro Negro foi vendido à Internazionale de Milão.

Chegando na Internazionale o garoto impressionou pelo seu porte e força física, por vezes parecia se atrapalhar um pouco com o posicionamento dentro de campo, porém foi se moldando e ajustando ao futebol Europeu.

Em seu primeiro jogo pela Inter marcou um golaço de falta contra o Real Madrid. Após receber belo lançamento o jovem carrega a bola como uma flecha pela esquerda, corta para dentro tentando achar espaço para o chute e é deslocado pelo experiente Hierro na entrada da área.

Na hora da batida Adriano pede a bola para Seedorf, o experiente holandês dá a bola a Adriano e convence os outros jogadores que o jovem extreante que deveria cobrar. Adriano posiciona a bola, toma distância e solta uma bomba indefensável que ainda toca caprichosamente no travessão antes de entrar no gol, estava ali o cartão de visitas do jovem carioca com força de gigante.

Mesmo com boa atuação em sua estreia, ele foi emprestado para a Florentina e depois para o Parma, onde fez boas temporadas de adaptação na Itália, principalmente no Parma, onde marcou 27 gols em 44 jogos, inclusive várias pinturas, mostrando mao mundo que não era apenas um garoto forte e com potência no chute, mas também muito habilidoso e esperto.

Em 2004 volta à Inter com status de craque e não decepciona, com média de quase 1 gol por jogo na temporada 2004/2005 ele recebe da imprensa italiana a alcunha de Imperador, que caiu como uma luva, sendo conhecido assim pelo mundo inteiro.

Adriano era um atacante completo, tinha habilidade e técnica para dar dribles curtos e dominar a bola de qualquer jeito, velocidade e força para superar qualquer marcador, além de ter um dos chutes mais clínicos e potentes que o mundo do futebol já viu. Adriano ou melhor, o Imperador era uma máquina de golaços, e fazia os torcedores da Inter e de seus rivais terem gosto de pagar pelos ingressos das partidas que ele estava presente.

Na temporada posterior continuou operando em altíssimo nível, inclusive sendo decisivo para a conquista da Copa da Italia e do Scudetto, porém em 2006 ao fim da temporada recebeu uma notícia horrivel que mudou para sempre sua carreira, o falecimento de seu pai, o porto seguro e melhor amigo do Imperador.

Após notícia devastadora Adriano passou a sofrer muito e não conseguir imprimir seu ritmo habitual dentro de campo, chegou a demonstrar muitas vezes lampejos, mas acabou se desinteressando pela bola.

Ainda assim voltou para a Inter e foi campeão da Serie A de 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009. Em 2008 acabou se desligando do clube após rescisão mútua do contrato.

Adriano sem dúvidas é um dos maiores talentos que o futebol já teve, e foi na Itália que o Imperador demonstrou isso, infelizmente as efemeridades da vida fizeram com que Adriano não atingisse seu potencial máximo, porém sabemos que ele foi um dos mais diferentes e exuberantes atacantes que já jogou na Itália.

Reprodução GettyImages.

Kaká

Ricardo Izecson dos Santos Leite, o famigerado Kaká, nasceu em Gama no Distrito Federal, logo jovem foi jogar na base do São Paulo, onde se destacava por sua velocidade de passadas largas e boa visão de jogo.

Kaká logo quando teve oportunidade no time profissional do São Paulo a agarrou e fez de tudo para não desperdiça-la, afinal, na época o São Paulo tinha a melhor base do Brasil e contava com nomes de peso no meio campo, como Julio Baptista e Fábio Simplício. Logo em sua primeira temporada, 2001, fez gols em clássicos e deu passes espetaculares, o que o credenciaram para a convocarão para a Amarelinha.

Em 2002 manteve o nível e foi para a Copa do Mundo de 2002, onde jogou pouco mais adquiriu experiência e vivência com os maiores craques da geração, além de claro, o título de Pentacampeão.

Sua rápida ascensão foi notada por toda a Europa, e dois grandes times estavam em disputa pelo jovem meio campista, Chelsea e Milan disputavam ferrenhamente para contar com o garoto, o Chelsea oferecia mais dinheiro, porém o Milan tinha em seu favor um clube com diversos brasileiros e Leonardo como dirigente, que jogou com Kaká no São Paulo.

Sendo assim, para Kaká a escolha foi fácil, não havia porque não escolher os Rossonerri. Chegando a Milão, o garoto se adaptou rápido, e num elenco recheado de estrelas, surpreendentemente ganhou a titularidade com rapidez, desbancando craques como Rivaldo e Rui Costa.

Sua percepção do jogo para dar passes longos, bem como suas pernas largas, controle de bola único e finalizações precisas, foram um prato cheio para aquele time impressionante do Milan.

Apesar de individualmente ter temporadas fascinantes, o Milan sempre batia na trave na conquista do Scudetto e na Liga dos Campeões, até que a temporada mágica de 2006/2007 começou.

Para Kaká ela não começou tão bem, afinal foi eliminado na Copa do Mundo pela França, não conseguindo imprimir junto aos seus companheiros de Amerelinha o futebol que todos esperavam.

Kaká não se abalou e usou essas frustrações como escudo e fez a melhor temporada de sua vida. Ninguém conseguia roubar a bola de seu pé, sua velocidade parecia de um atleta de 100 metros rasos, e sua finalização estava calibrada ao máximo, era chute forte com o peito do pé, tapinha pra deslocar os golleiros e suas tradicionais chapadas com a parte interna.

Kaká foi peça fundamental para a conquista da Liga dos Campeões 2006/2007, sendo o artilheiro da competição com dez gols, a maioria deles decisivos e golaços, além de contribuir com lindas assistências, a mais lembrada para o gol de Pippo Inzaghi na final contra o Liverpool, que foi uma bela revanche para Kaká e para o Milan, que perderam nos penaltis na temporada de estreia do Príncipe Milanês.

Kaká é sinonimo de elegância acoplada com velocidade dentro de campo, tinha um estilo único de jogar que será lembrado eternamente pelos torcedores do Milan e pelo futebol italiano.

Foto: AC MIlan

 

Escrito por João Felipe Miller.

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