A Tabela do Brasileirão segue sofrendo alterações.
Tudo aquilo que não se podia imaginar, hoje é bastante palpável.
Confira conosco quais foram as mudanças na posição das equipes. Quem levará o título? Quem cai para a Série B?
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Index
Botafogo x Santos
Voltamos a ressaltar o período no qual o Botafogo esteve presente na liderança do Brasileirão. Nada mais, nada menos que da 3ª rodada, até a rodada anterior (34ª).
Foram 31 rodadas ocupando o topo da tabela do Brasileirão. Contudo, desde o início do returno, o Glorioso vem fazendo campanha de rebaixado. Mais do que isso, o time teve uma queda de 51% de aproveitamento em relação ao primeiro turno.
Mesmo assim, o Fogão demorou para perder a liderança, que veio no empate contra o Fortaleza.
O adversário da vez era o Santos, que luta bravamente contra o rebaixamento. O Peixe carrega, junto do Atlético Mineiro, a maior invencibilidade de momento na competição, e não perdia a 6 jogos, agora 7.
O Botafogo, agora comandado por Thiago Nunes, iniciou a partida com uma forte pressão. Desta maneira, abriu o placar logo com 10′ de jogo. Um belo gol de cabeça de Danilo, que aliás, foi o melhor jogador da partida.
Do apito inicial, aos 45′, o Glorioso foi muito superior ao Santos. Com grandes atuações de Junior Santos, Victor Sá, Tchê Tchê, Gabriel Pires e Eduardo, a equipe criava algumas chances, mas principalmente impedia o Santos de jogar.
Por esta razão, com exceção de um chute de fora da área de Jean Lucas, o Peixe não levou perigo.
Ocorre que, quando a bruxa está solta, parece não haver solução.
A torcida do Botafogo já gritava a plenos pulmões, como quem sentia que a vitória se aproximava. Seria o Fogo capaz de quebrar a escrita de sete jogos sem vitória e reassumir a liderança do Brasileirão?
A resposta já sabemos.
Segovia, que havia entrado no fim da partida dá um chute na perna de Joaquim, aos 44 minutos da segunda etapa.
Falta marcada. Na bola, o baixinho, Soteldo. Contrariando muitos torcedores do Alvinegro Praiano, ele toca a bola para Mendoza, ao invés de alçar a bola na área.
Porém, Soteldo tinha um plano. A zaga do Botafogo estava desatenta. Quando a bola chega em Mendoza, Soteldo dispara em direção à linha de fundo. Mendoza devolve nos pés do venezuelano, que dá uma finta de corpo esplêndida em Segovia, que vinha na marcação.
A bola vai sentido linha de fundo e com um cruzamento, que mais pareceu um passe, a bola encontra a cabeça de Messias, que vence a marcação e joga no fundo das redes de Lucas Perri.
Messias já havia salvado o Santos, bloqueando uma bola em cima da linha.
Com isso, o Santos ganhou um ponto precioso na luta contra o rebaixamento e ultrapassou o Vasco da Gama, na 14ª posição, que havia empatado com o Athlético Paranaense.
Já o Botafogo, dá praticamente adeus à disputa do título. Não por questões matemáticas, já que a equipe segue na 3ª colocação, atrás apenas de Palmeiras e Flamengo, por 1 ponto.
Entretanto, são muitos baques seguidos sofridos pela equipe. Não há perspectiva de que os comandados de Tiago Nunes terão forças para acabar o Campeonato Brasileiro com o título.
O Botafogo deve, inclusive, se preocupar muito seriamente com a chance de perder a vaga direta para a Copa Libertadores, já que equipes como Grêmio e Bragantino, fora da zona de classificação direta, estão apenas a três pontos do ex-líder.
Imagem: André Durão
América MG x Flamengo
O Flamengo passou boa parte do Campeonato Brasileiro desacreditado.
Não é para menos. O elenco mais poderoso do Brasil e das Américas acumulou fracassos nas competições de mata-mata. Foram sucessivas trocas de treinador, já mencionadas por aqui diversas vezes.
Contudo, os esforços para contar com o treinador da Seleção Brasileira nas duas últimas Copas do Mundo parece ter surtido o efeito esperado.
Com a vitória de ontem, o Mengão conseguiu sua 6ª vitória sob o comando de Tite.
Entre estas 6 vitórias, algumas atuações bastante consistentes, como o triunfo sobre o Palmeiras, por 3×0 e sobre o Vasco, por 1×0.
Contra o América MG, já rebaixado, era obrigação para o Flamengo vencer. E assim o fez, com muita segurança e tranquilidade.
O ano que parecia perdido, agora encontra uma luz no fim do túnel. O Rubro Negro possui os mesmos 63 pontos do Palmeiras, mas é superado no saldo de gols: 26 a 17.
O Flamengo está mais vivo do que nunca.
Imagem: Gilvan de Souza / CRF
Atlético Mineiro x Grêmio
Este jogo seria, como foi, um divisor de águas. Grêmio e Galo disputavam a possibilidade de postular o título.
O que saísse vencedor, teria condições de perseguir o Palmeiras. O que perdesse, deveria se contentar com uma vaga para a Libertadores, de forma direta ou indireta.
Mas a disputa não era apenas entre dois gigantes brasileiros colados na tabela do Brasileirão. Havia uma grande carga por trás desta partida.
Depois da virada histórica sobre o Botafogo, o Imortal perdeu a chance de assumir a ponta do campeonato ao perder em casa, para o Corinthians, por 1×0, jogando boa parte do jogo com um jogador a mais. Uma derrota como essas deixa sequelas. Deixar de pontuar contra um time que luta contra o rebaixamento, em sua própria casa, com um homem a mais, podendo assumir a liderança, não é pouca coisa.
Já o Galo, ao lado do Santos, acumula 7 jogos sem derrota. Mesmo antes disso, a arrancada do Galão da Massa é impressionante.
Quando treinada por Coudet, a equipe não conseguia justificar seu time recheado de craques, e tinha pontuação de segunda metade da tabela.
A diretoria chamou um dos maiores treinadores da história, Luiz Felipe Scolari, o popular Felipão.
Mesmo assim, o início não foi fácil. Foi necessário acreditar no trabalho de Scolari, que demonstra porque ganhou tudo que ganhou em sua carreira.
O Galo teve uma melhora de 19% em relação ao primeiro turno do Brasileirão.
Na primeira etapa da partida, o Grêmio teve uma oportunidade logo início, mas depois daí o domínio do Atlético foi amplo, marcando um golaço, aos 24′, com Guilherme Arana.
A bola foi cruzada, desviada pela defesa e ganhando altitude. Arana vem como uma flecha e acerta uma pancada da bola, no ar, para abrir o placar.
O segundo tempo foi uma repetição do primeiro. O Tricolor Gaúcho teve a chance de empatar, logo aos 50”, mas Maurício Lemos salvou em cima da linha.
Quem não faz, toma. É o velho ditado do futebol. Apenas 2′ depois, o Galo ampliou com Zaracho.
Aos 12′, Hulk faz o terceiro, de perna direita, para selar a vitória e a briga pelo título do Galo.
Com o triunfo, os atleticanos assumiram a quarta posição, com 60 pontos, apenas três de distância do Palmeiras.
Já o Grêmio, se manteve estacionado em seus 59 pontos e caiu para a quinta posição.
Imagem: Pedro Souza / Atlético
Fortaleza x Palmeiras
O Fortaleza tinha em suas mãos a possibilidade de afastar o fantasma do rebaixamento. Algo que quase ninguém acreditou que poderia acontecer, no início do Brasileirão.
Contudo, a derrota na final da Sul-americana pareceu ter afetado o psicológico dos jogadores do Leão.
De lá pra cá, o time não conseguiu vencer nenhum dos seus sete jogos disputados, incluindo a partida contra o Verdão.
Apesar disto, eles pareciam determinados a reverter essa situação.
De outro lado, o Palmeiras de Abel Ferreira. O que falar deste time? A palavra para melhor defini-lo é maturidade.
Os comandados do técnico português adquiriram uma capacidade impressionante para lidar em situações desconfortáveis. Além disto, é uma equipe que notadamente cresce nos momentos de dificuldade, diferente de tantos times que disputam ou disputaram a ponta do Brasileirão, em algum momento.
O Fortaleza saiu ganhando, com um belo gol de Thiago Galhardo. Antes disto, Caio Alexandre havia certado a junção da trave com o travessão, em uma bomba disparada de fora da área.
O Leão veio para o segundo tempo com forte ritmo de jogo. Tinga teve a chance de ampliar, mas chutou para fora.
A situação parecia se complicar para o Palmeiras, sobretudo quando Gustavo Gomez foi expulso aos 13′.
Para muitas equipes, este seria o fim da linha.
Porém, não estamos falando de qualquer equipe. De alguma maneira, o Palmeiras passou a equiparar as ações com o Fortaleza, principalmente nas bolas paradas.
Raphael Veiga, meia do Verdão e da Seleção Brasileira, pega seu próprio rebote, aos 20′, e bate com muita categoria, de chapa, para empatar.
O Leão sabia de sua capacidade, então não se deixou abalar pelo gol tomado. Apenas 4′ depois, Calebe tabela com Galhardo e bota os cearenses na frente novamente.
Como era de se esperar, o Palmeiras não se entregou. Depois de cobrança de escanteio rebatida pela zaga, a segunda bola vem alta para Piquerez, que de longe chuta para área, ganhando muita altitude. Ele parece pegar estranho na bola, mas só parece. Ela encontra a cabeça de Murillo, que cabeceia no segundo pau, onde Zé Rafael invadia em velocidade.
O volante do Palmeiras bate de primeira e empata o jogo.
Qual o significado deste empate?
Para o Palmeiras, tudo. Se tivesse perdido a partida, o Flamengo teria assumido a liderança e dependeria apenas dele para ser campeão. Contudo, com o empate e manutenção da ponta do campeonato, o Palmeiras depende apenas de si para se sagrar campeão mais uma vez.
Já o Fortaleza se complica. Ainda que as chances de rebaixamento sejam ínfimas, é necessário ligar o estado de alerta. Existem chances matemáticas de amargar a Série B, já que o Cruzeiro, primeiro time dentro do Z4, joga hoje contra o Goiás. Em caso de vitória, chegará aos mesmo 44 pontos do Leão.
Imagem: Lance!
A maluca Tabela do Brasileirão
A três rodadas do fim, não podemos chegar a outra conclusão, se não que o Campeonato Brasileiro é uma das melhores ligas do mundo.
Não propriamente pelo nível do futebol jogado, que é também muito alto, mas sobretudo pela competitividade entre as equipes.
Muito raro chegar neste estágio com seis equipes disputando o título. Do outro lado da tabela, sete times lutam com todas as forças para se manter na Série A.
Dentre estes sete times que brigam contra o rebaixamento, temos uma das maiores equipes do Brasil, como Santos, Cruzeiro, Vasco e Corinthians.
Posto isto, o primeiro passo é não perder absolutamente nenhuma partida desta reta final e, mais importante, estar ligado no Calcio Deal para mais atualizações.
Imagem: TNT Sports Reprodução
Escrito por Vitor F L Miller.