Carlos Bianchi: A Copa Libertadores é implacável e só um gênio poderia trazer para casa 4 delas e liderar um dos maiores times de todos os tempos. Junte-se a nós para conhecer um pouco da carreira dessa estrela dentro e fora de campo.
Imagem: Trivela
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Biografia e carreira de Carlos Bianchi
Carlos Bianchi, nascido em 26 de abril de 1949, em Buenos Aires, Argentina.
Sua carreira como jogador profissional começou em 1967 no Vélez Sársfield, tradicional clube argentino. Carlos foi um excelente goleador e é o maior goleador da história do Vélez com 206 gols.
Depois de cinco temporadas no Vélez, Bianchi mudou-se para a França, onde permaneceria até o final da carreira de jogador, exceto um breve retorno à Argentina, onde também iniciaria sua trajetória de sucesso como treinador.
Imagem: Créditos Bodog
Seu primeiro destino na Europa foi o Stade de Reims, onde permaneceu de 1973 a 1977. Depois, transferiu-se para o recém-fundado Paris Saint-Germain, disputando duas temporadas.
Mais tarde, transferiu-se para Estrasburgo, mas lá permaneceu apenas um ano. Eventualmente, ele sentiu o chamado de casa e voltou ao Vélez em 1980, disputando 159 partidas em quatro anos.
Ele decidiu encerrar sua carreira de jogador em sua primeira casa na França: o Stade de Reims. Seu retorno foi uma forma de mostrar sua gratidão; ele jogou apenas 18 partidas. Mesmo assim, mesmo aos 36 anos, continuou com fome de gols e marcou 8.
Como jogador, teve um recorde de 562 jogos e 393 gols, uma média impressionante. Além de premiações individuais e de ser artilheiro, também ergueu o troféu do Campeonato Argentino de 1968 com o Vélez. Porém, sua lista de títulos como treinador era incomparável.
Sua carreira de treinador começou em 1985, no Stade de Reims, na França, logo após se aposentar como jogador do mesmo clube. Também treinou Nice e PSG na França até retornar ao Vélez em 1991, onde já era ídolo como jogador e se tornaria como treinador.
Taças Libertadores de Bianchi
Sua primeira Copa Libertadores, pelo clube onde já era ídolo e artilheiro, foi um momento de imensa emoção.
Uma vitória improvável, mas não para Bianchi e sua equipe. O adversário não era outro senão o melhor time do mundo na época. Na final, o Vélez enfrentou o São Paulo, que estava na terceira final consecutiva da Libertadores e havia vencido as duas edições anteriores e também duas Copas Intercontinentais.
A equipe comandada por Raí enfrentou um elenco que, embora tradicionalmente um time forte na Argentina, chegou à sua primeira (e até então única) final de Libertadores.
O time de Bianchi venceu o jogo de ida em Buenos Aires por 1 a 0, com gol de Asad, mas o São Paulo venceu o jogo de volta no Morumbi com gol de Müller. A decisão foi para os pênaltis, e o El Fortín conquistou sua primeira Taça Libertadores, e Bianchi ganhou o apelido de Sr.
Imagem: El Gráfico
Em 1998, o Sr. Libertadores tornou-se treinador do poderoso Boca Juniors. Seus primeiros anos no Boca foram marcados por títulos nacionais e, em 2000, conquistou sua primeira Copa Libertadores com eles.
Mais uma vez, um desafio formidável aguardava na final. O Palmeiras, atual campeão, havia conquistado a Libertadores em 1999 e estava em alta após derrotar seu arquirrival, o Corinthians. O padrão continuou, com empate em 2 a 2 na La Bombonera e em 0 a 0 no Morumbi. O Boca triunfou na disputa de pênaltis com 4 chutes perfeitos.
O sucesso de Bianchi continuou em 2001, quando ele levou o Boca Juniors a mais uma vitória na Copa Libertadores, desta vez contra o Cruz Azul. E sim, você adivinhou: outra vitória nos pênaltis.
Seu triunfo final veio em 2003, desta vez contra o Santos. Apesar do Santos contar com craques como Robinho, Diego, Elano e Alex, o Boca Juniors venceu por 2 a 0 na La Bombonera e por 3 a 1 no Morumbi, diante de quase 75 mil espectadores.
Imagem: Reprodução Twitter
O Boca Juniors de Bianchi era um time formidável, uma mistura perfeita de tenacidade, habilidade técnica e talento. Contou com jogadores únicos como Schelotto, Palermo, Tévez, Burdisso, Abbondanzieri, Samuel, Riquelme, Iarley, entre outros.
Além dos triunfos na Libertadores, o Boca conquistou duas Copas Intercontinentais (contra o Real Madrid em 2000 e o Milan em 2003) e uma Copa do Mundo (com o Vélez contra o Milan).
Após seu terceiro título, os torcedores do Boca Juniors o homenagearam apelidando-o de “Sr. Libertadores”.
Como se não bastasse, Carlos Bianchi foi eleito o melhor treinador do mundo em 2000 e 2003, um feito incrível para um técnico sul-americano.
A influência de Carlos Bianchi no mundo do futebol repercutirá nas gerações vindouras.
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Escrito por João Felipe Miller e Vitor F L Miller.