O ano mal começou. Mesmo assim, o Corinthians já tem enfrentado diversos problemas dentro e fora de campo.
Confira conosco fatores que levaram o Timão ao presente momento.
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O clima político do Corinthians
O fim de 2023 não foi dos mais simples para o time da fiel torcida.
A equipe não teve um bom ano desportivamente e se livrou do rebaixamento apenas nas últimas rodadas do campeonato.
Como se não bastasse, uma das eleições mais polêmicas da história do clube ocorria.
Os últimos anos sem resultados expressivos pediam renovação na cadeira presidencial.
De um lado, André Negão, candidato da situação e do grupo liderado por Andrés Sanchez, um dos cartolas mais marcantes do Corinthians. Do outro, Augusto Mello, podendo ser pouco conhecido quando comparado ao seus adversários.
Um outro fator importante é que, diferente de muitos clubes brasileiros, as eleições corintianas têm diversas peculiaridades. Não basta apenas ser sócio do clube, mas sim ser sócio patrimonial ou remido.
Logo, apenas cerca de 5 mil pessoas são elegíveis para votar. Com isso, as torcidas organizadas do clube, que possuem bastante força política apesar de não estarem necessariamente ligadas ao quadro societário, fizeram diversas campanhas contra a eleição de André Negão.
Imagem: Reprodução GE – Andrés Sanchez e André Negão
Assim, Augusto Melo assumiu, com uma série de promessas e frases de efeito.
Dia após dia as promessas caem por terra e não estão se concretizando. Logo ao sentar na cadeira de presidente, afirmou que traria Gabigol, ídolo do Flamengo.
Rapidamente, a possibilidade foi desmentida pela diretoria do Flamengo e o negócio não se concretizou.
Ainda no ramo das contratações, uma série de acontecimentos. Até o momento, o Corinthians perdeu 12 jogadores, dentre eles o zagueiro Lucas Veríssimo e Gil, dupla de zaga titular da temporada passada.
Em compensação, apenas 3 novos atletas foram incorporados ao elenco.
Poderiam ser 4, já que a diretoria havia dado como certa a contratação do lateral direito Matheuzinho, do Flamengo. Entretanto, o contrato ainda não havia sido assinado e as condições ali presentes eram no mínimo peculiares. Devolução a qualquer momento foi um dos pontos de conflito. Além disto, a diretoria corintiana teria culpado o Flamengo pela não realização da transferência, fazendo com que os cariocas encerrassem qualquer tipo de negociação.
Pablo, também do Flamengo, foi outro jogador a ser sondado no Parque São Jorge, mas, assim como Matheuzinho, está em vias de fechar com o Botafogo.
No âmbito administrativo, o Presidente afirmou que o Corinthians teria o maior patrocínio de sua sua história, fomentado pela casa de apostas Vaidebet.
O problema está no contrato vigente entre o clube e a Pixbet. Para que o contrato fosse descontinuado, o Timão terá de arcar com a multa de R$ 40 milhões.
Por esta razão, as contas do clube foram congeladas pela Justiça. De todo modo, um acordo foi estabelecido entre as partes e o antigo patrocinador receberá o valor parcelado em 12 vezes.
Em meio ao furacão de incertezas, Augusto Melo indica Fabinho Soldado como homem forte do futebol, na função de gerente.
Ele será o responsável por dar as cartas. Será que conseguirá mudar a situação deste gigante?
Imagem: Lance!
Mano Menezes e o Timão dentro de campo
O termo crise é muito difícil de ser adotado com apenas quatro jogos oficiais disputados.
Porém, os números mostram apenas uma vitória nestas partidas e um futebol muito pobre.
Não é novidade para ninguém que o fator organizacional e político de um clube de futebol influencia diretamente o desempenho em campo.
Ótimo exemplo disso é o rival do Timão, o Santos, que por uma gestão patética, foi quase rebaixado no Paulistão por três anos seguidos, mas que enfrentará a segunda divisão pelo Campeonato Brasileiro.
O Corinthians amarga a última posição de seu grupo, formado por Mirassol (6pts), Inter de Limeira (4pts) e Red Bull Bragantino (4pts). É o antepenúltimo colocado na classificação geral, com a mesma pontuação do Ituano, primeiro dentro da zona de rebaixamento.
A situação se agravou mais ainda com a derrota inédita para o São Paulo dentro de casa. O Tricolor Paulista nunca havia ganhado na Neo Química Arena, mas o tabu finalmente chegou ao fim, com um triunfo por 2×0.
Deste modo, mesmo com o início de temporada, Mano Menezes entra em rota de colisão com a diretoria e até mesmo com os atletas.
Ele cobra a chegada de reforços e bate na tecla do déficit de nova jogadores, proveniente das doze saídas e apenas três entradas.
No mais, todos sabem o momento péssimo enfrentado pelo centroavante Yuri Alberto. O jogador foi contratado em definitivo à peso de ouro junto ao Zenit e não tem chegado perto de corresponder ao investimento.
Perde gols bizarros e protagoniza lances toscos com frequência.
Em um destes eventos, Mano Menezes o chama de burro. O atleta, que merece respeito de seu treinador, ouve o xingamento. Ao encontrar com o técnico no meio de campo, a leitura labial é feita. Yuri teria dito: “Não precisa me chamar de burro para o estádio inteiro ouvir.”.
O treinador pediu desculpas ao jogador.
A tentativa de reabilitação do time acontece amanhã, às 11:00h, diante do Novorizontino, na Neo Química Arena.
O Timão será capaz de dar a volta por cima?
Imagem: Vitor Chicarolli/ Meu Timão