Por Andrea Caropreso
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Num mundo do futebol em que os custos não param de aumentar, é necessário que as receitas acompanhem esse crescimento. Hoje em dia, isso é possível graças ao papel fundamental desempenhado pelos patrocinadores. A publicidade influencia profundamente o mundo do futebol e, sobretudo, o modelo de negócios dos clubes. Trata-se, portanto, de receitas garantidas, previstas em contratos assinados entre os clubes e as marcas, sendo superadas apenas pelos direitos de televisão.
O Impacto
Os patrocinadores representam uma grande parte do mercado, permitindo aos clubes contratar os melhores jogadores — e não só. Os investimentos também abrangem infraestrutura, tecnologia e todos os recursos que os clubes modernos precisam para se manter atualizados, o que implica custos. Esses custos são sustentados (também) graças ao dinheiro novo que as marcas — de todos os tipos — garantem às equipes para associar seus nomes aos clubes.
Essas vantagens são, em todo caso, recíprocas. Se por um lado os clubes recebem uma parte significativa de seu faturamento, por outro as marcas aumentam sua visibilidade através do futebol. Às vezes, essa visibilidade se transforma em colaborações para criar campanhas publicitárias baseadas em valores compartilhados (por exemplo, o combate ao racismo) com o objetivo de influenciar o público.
Patrocínios ligados às apostas
Nos últimos 40 anos, os patrocínios foram dos mais variados. No entanto, um tema predominante na Itália — e em outros países europeus — foi o dos patrocinadores ligados às casas de apostas. O relatório da UEFA “The UEFA European Club Finance and Investment Landscape” revelou um dado muito interessante: entre 700 clubes europeus das principais ligas, 23% têm suas camisas patrocinadas por empresas de apostas.
Somente na Inglaterra, até pouco tempo atrás, quase metade dos clubes tinha acordos com marcas de apostas. Aos poucos, esse fenômeno tem diminuído, pois há um movimento em direção a parcerias com empresas que compartilham valores éticos diferentes dos do jogo de azar. Um tema que ainda é central na Itália.
Em 2018, com a entrada em vigor do Decreto Dignidade, os clubes italianos foram proibidos de fazer acordos com empresas de apostas, perdendo assim uma fonte importante de receita. No entanto, recentemente, as coisas mudaram. Em março passado, o Senado italiano aprovou, como parte da reforma do futebol, a possibilidade de as empresas de apostas fazerem publicidade indireta.
As 10 maiores parcerias de patrocínio
É quase óbvio dizer que os clubes que lideram o ranking de receitas com patrocinadores são também os que se destacam dentro de campo. Isso comprova que quanto maior o prestígio de um clube, maior o seu poder de atração junto aos patrocinadores, que buscam sempre associar sua imagem a marcas de sucesso.
Aqui está o ranking dos 10 clubes com mais receita anual proveniente de patrocínios de camisa:
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Real Madrid – 260 milhões de euros
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Manchester United – 200 milhões de euros
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Barcelona – 183 milhões de euros
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Manchester City – 171,5 milhões de euros
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Paris Saint-Germain – 170 milhões de euros
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Arsenal – 141,5 milhões de euros
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Bayern de Munique – 123 milhões de euros
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Liverpool – 102,5 milhões de euros
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Borussia Dortmund – 99 milhões de euros
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Tottenham – 80 milhões de euros
Nesse sentido, vale destacar o caso do Chelsea. Apesar de pertencer a uma propriedade rica e ser um dos clubes de elite, os Blues não aparecem neste ranking. Isso se deve a dois fatores: o fim do contrato anterior com a Infinite Athletic e o desempenho fraco em campo. Resultados negativos, de fato, podem pesar nas decisões das marcas. É esse o motivo pelo qual clubes italianos de peso como Juventus e Milan também estão ausentes da lista.
Por Andrea Caropreso