Porr Marta Elena Casanova
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O Conselho Federal da FIGC aprovou, na reunião de 15 de abril de 2025, uma reforma significativa para o futebol feminino italiano: a partir da temporada 2025/26, a Série A Feminina passará de 10 para 12 equipes. Um passo fundamental para fortalecer o movimento, aumentar a competitividade e alinhar-se com os principais campeonatos europeus.
Uma virada histórica para a Série A Feminina
Após anos de crescimento constante em termos de visibilidade, qualidade técnica e interesse da mídia, a Série A Feminina entra em uma nova fase. A decisão de aumentar o número de participantes de 10 para 12 foi fortemente apoiada pelas instituições do futebol, com o objetivo de consolidar o processo de profissionalização iniciado em 2022.
“É um momento histórico“, declarou Federica Cappelletti, presidente da Divisão da Série A Feminina. “Essa reforma dará ainda mais impulso ao movimento, que hoje está maduro para enfrentar uma competição mais ampla e desafiadora.”
Novidades para a temporada 2024/25
A transição para o novo formato começará já na temporada 2024/25, com mudanças significativas nos mecanismos de promoção e rebaixamento:
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Na Série A, apenas a última colocada será rebaixada diretamente para a Série B.
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Na Série B, subirão as três primeiras colocadas, enquanto as três últimas cairão para a Série C.
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Não haverá mais o playoff entre a penúltima colocada da Série A e a segunda da Série B.
Essa nova configuração permitirá uma rotação mais dinâmica entre as duas divisões principais e facilitará o acesso de clubes emergentes bem estruturados.
Série B também muda: de 12 para 14 times
A reforma não se limita à Série A. A Série B também será ampliada, passando de 12 para 14 equipes. A expansão visa acolher um número crescente de clubes competitivos e manter alto o nível técnico da segunda divisão.
Laura Tinari, presidente da Divisão da Série B Feminina, comentou: “Nosso campeonato demonstrou um equilíbrio notável. Com a expansão, teremos uma competição ainda mais empolgante, que poderá valorizar novos talentos em nível nacional.”
Objetivos estratégicos da reforma
Essa reforma não é apenas uma mudança numérica, mas parte de uma visão mais ampla para o futuro do futebol feminino na Itália. Os principais objetivos são:
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Aumentar a competitividade nas ligas de elite;
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Melhorar a visibilidade midiática das competições;
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Incentivar o desenvolvimento de novas realidades no futebol feminino, estimulando investimentos dos clubes;
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Alinhar-se com os padrões dos principais campeonatos europeus femininos, como os da Inglaterra, Espanha e Alemanha.
Próximos passos: um modelo sustentável e vencedor
A Divisão da Série A Feminina Profissional e a Divisão da Série B Feminina, em colaboração com a Liga Nacional Amadora, já estão trabalhando para definir os formatos definitivos dos campeonatos. Será essencial encontrar um equilíbrio entre crescimento esportivo, sustentabilidade econômica e valorização do talento.
O novo formato visa criar um ecossistema mais sólido, capaz de atrair patrocinadores, torcedores e mídia, tornando o futebol feminino italiano uma referência na Europa.
A reforma da FIGC representa um ponto de virada para todo o movimento feminino. A ampliação da Série A e da Série B é um sinal claro da vontade de investir no futuro do futebol feminino italiano, tornando-o cada vez mais profissional, acompanhado e competitivo.
Por Marta Elena Casanova