Galo pentacampeão Mineiro de 2024

Mais uma vez, Galo pentacampeão Mineiro de 2024.

O Atlético Mineiro conseguiu uma virada impressionante diante do seu maior rival, o Cruzeiro, dentro do Mineirão e estendeu ainda mais sua hegemonia no torneio estadual.

Confira conosco um pouco da trajetória das equipes para chegar até a decisão e o jogo final.

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O caminho para o 49º Campeonato Mineiro do Galo

Quando o assunto é Campeonato Mineiro, o Atlético Mineiro tem imposto sua superioridade sobre os adversários do estado e sobretudo sobre seu principal rival, o Cruzeiro, que vive um momento de reconstrução desde 2019, último ano de conquista da Raposa.

De lá pra cá, são cinco conquistas seguidas pelo Galo.

Nesta edição, o caminho até a final não foi simples e contou até com a demissão do grande Luis Felipe Scolari no trajeto para a chegada de Gabriel Milito.

Quem foi o líder da competição, praticamente de ponta a ponta foi o Cruzeiro.

O Campeonato Mineiro tem sua primeira fase dividida em três grupos.

No Grupo A, o Cruzeiro nadou de braçada e conquistou a primeira posição geral, com 19 pontos.

No Grupo B, o Galo ficou com 14 pontos para assumir a primeira colocação e o América-MG foi o líder do Grupo C com 18 pontos.

Ou seja, na primeira fase, o Atlético Mineiro ficou com a pior colocação entre os classificados na primeira posição.

Para as semifinais, classificaram-se os primeiros colocados, supracitados, e o melhor segundo, que no caso, foi a Tombense, que somou 15 pontos, mais que o próprio Galo, inclusive.

O chaveamento foi Cruzeiro x Tombense e Atlético Mineiro x América-MG.

Nenhuma das duas equipes teve vida fácil para se classificar.

O Cruzeiro empatou o primeiro jogo em 0x0 e venceu, dentro do Mineirão, por 3×1.

Já o Galo, que vivia suas turbulências no comando técnico, venceu a primeira partida por 2×0 diante do América, mas perdeu a segunda por 2×1 em jogo que terminou em confusão.

Com isso, mais uma vez, Galo e Cruzeiro se enfrentaram na final do Campeonato Mineiro.

A primeira partida foi realizada na Arena MRV, nova casa do Atlético Mineiro. O jogo foi uma verdadeira epopeia.

O Galo saiu ganhando por 2×0 jogando um belo futebol. Menção honrosa ao zagueiro Bruno Fuchs que fez um golaço impressionante.

Apesar disto, o Cabuloso não se entregou e conseguiu empatar a partida.

E assim, os dois maiores de Minas Gerais foram à final.

Imagem: Reprodução Meia Hora

Cruzeiro 1 x 3 Atlético Mineiro

Depois da linda festa da torcida do Galo na Arena MRV, foi a vez da torcida do Cabuloso fazer a festa.

Devido à melhor campanha do torneio, o Cruzeiro tinha a oportunidade de decidir em casa e levantar um caneco estadual depois de cinco anos e barrar a sequência do Atlético.

A expectativa era das mais positivas, principalmente pela reação histórica dentro da casa do rival e a chance de decidir com seu mando.

Além disto, é importante ressaltar que em caso de empate, quem levaria o título seria o Cruzeiro, já que teve a melhor campanha da classificação geral.

O primeiro tempo foi bastante truncado e pouco movimentado, com exceção do lance logo aos 7′, quando Paulinho foi acionado cara a cara com Rafael Cabral, mas chutou para fora.

A primeira etapa terminou em 0x0. A emoção ficou guardada para a segunda parte do jogo.

A situação do Galo, que já não era fácil, piorou a partir dos 53′. Matheus Pereira recebe bola dentro da área e consegue um cruzamento espetacular para seu chará, Matheus Vital.

O meia, que estava na segunda trave, cabeceia no contrapé de Everson e coloca a bola no ângulo, belo gol.

Entretanto, o Cabuloso não soube lidar com a vantagem e o Galo soube muito bem chegar ao gol.

Aos 65′, mais um golaço de cabeça, desta vez do Atlético, com Saravia.

Otávio recebe na intermediária e acerta um lindo lançamento para Saravia. O lateral se apresentava como elemento surpresa dentro da área. Ele cabeceia com o topo da cabeça, encobrindo Rafael Cabral e fazendo uma pintura.

O resultado ainda dava o título ao Cruzeiro, mas Lucas Silva, ídolo do clube, em um lance infantil, comete penalti depois de cruzamento de Igor Gomes.

O lance é indiscutível. Igor Gomes, que havia acabado de entrar na partida, é acionado na ponta por Gustavo Scarpa, que também acabara de ingressar. O meia dá um carrinho cruzando a bola e Lucas Silva a corta com o braço totalmente aberto, em movimento antinatural.

Na cobrança, sempre ele. Hulk cobra muito bem, aberto. Rafael Cabral pula para o lado correto, mas a bola do atacante foi perfeita.

Com isso, o Galo virava o jogo e já tinha o placar suficiente para vencer o pentacampeonato.

O Cruzeiro, desesperado já que a partida já estava em seus 75′, resolve se lançar ao ataque, porém de maneira desorganizada.

Claramente, a forte pressão da Raposa propiciou algumas oportunidades, sendo a mais concreta aos 83′, com gol de Dinenno.

Entretanto, logo no ato, a assistente marcou o impedimento, que foi confirmado pelo VAR.

Já nos acréscimos, o Cruzeiro lançou todos os jogadores ao ataque, para tentar o empate, que traria o título novamente à Toca da Raposa. Por isto, a zaga ficou totalmente exposta.

Foi fácil para Paulinho servir Gustavo Scarpa, que driblou o goleiro Rafael Cabral e finalizou a conta. Galo 3×1, pentacampeão e 49 vezes vencedor do Campeonato Mineiro.

Imagem: Fernando Moreno/AGIF

Curiosidades do Galo pentacampeão Mineiro de 2024

No momento da comemoração do terceiro gol, quando estava tudo decidido, Guilherme Arana, foi em direção à torcida do Cruzeiro e começou a fazer sinal de choro, levando suas mãos aos olhos e as esfregando.

Claramente, os torcedores da Raposa ficaram extremamente irritados.

Um outro ponto bastante interessante foi o gol marcado por Gustavo Scarpa.

Depois de um ano e meio e 21 jogos por Nottingham Forest e Olympiacos o meia não conseguiu marcar nenhum gol.

Já pelo Galo, tinha disputado outros 11 jogos e nada de bola na rede.

O último tento assinalado por ele foi contra o América-MG, em novembro de 2022, quando atuava pelo Palmeiras.

Por fim, Gabriel Milito, que tem apenas dois jogos pelo Galo, conquistou seu primeiro título oficial, depois de nove anos de carreira como treinador.

Imagem: Pedro Souza / Atlético

Escrito por Vitor F L Miller.