A Venezuela vive, de longe, o melhor momento de toda a sua história. Será que eles terão um bom desempenho na Copa América 2024?
Vejamos qual o recente retrospecto dos venezuelanos e quais as projeções para este torneio e, quem sabe, a Copa do Mundo de 2026.
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A geração de ouro
A Venezuela, em termos geopolíticos, já viveu seus dias de protagonismo no cenário latino americano.
Entretanto, como de costume nesta parte do globo, os interesses do imperialismo estadunidense colidiram com o nacionalismo regional.
Assim, o país com a maior reserva petrolífera do planeta, adentrou uma crise política e institucional que já dura um bom tempo.
Em meio a tudo isso, o país segue na contramão dessa realidade quando o assunto é futebol.
O povo venezuelano nunca teve o prazer de ver sua seleção em ação pela Copa do Mundo.
Outros países de menor expressão na América do Sul já tiveram verdadeiros esquadrões, como a Bolívia e o Peru.
Agora, parece ser a vez da Venezuela.
Neste momento, vem surpreendendo e ocupam a quarta posição das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Lembrando que agora a América do Sul possui seis vagas, mais uma para repescagem.
Como se não bastasse, deram um belo cartão de visitas na estreia da Copa América 2024.
Pelo Grupo B, no qual qualquer coisa pode acontecer, já que é formado por equipes muito niveladas (Equador, México, e a coadjuvante, Jamaica), eles iniciaram com o pé direito.
Se valendo da expulsão de Enner Valencia, logo aos 22′, a Seleção Vino Tinto venceu por 2×1 o Equador e deu um passo importante rumo à classificação.
O Equador, mesmo com um jogador a menos, saiu na frente com gol de Sarmiento. Porém na segunda etapa os venezuelanos viraram a partida com Cadiz e Bello.
Posto isto, uma vitória contra a Jamaica, a depender do saldo de gols, poderia indicar um passo muito importante em direção às quartas de final.
Será que eles conseguem chegar longe na Copa América 2024?
Imagem: Conmebol
Os pilares da geração de ouro venezuelana
Em 2011, a Venezuela conseguiu sua melhor colocação numa Copa América e, por assim dizer, o maior desempenho de sua história em uma competição desta magnitude, o 4º lugar.
Entretanto, pode-se dizer que o salto venezuelano se inicia sob o comando de Dudamel, em 2016.
De lá para cá, a Seleção Vino Tinto adotou uma maneira de jogar que, apesar de algumas variações com os técnicos que passaram depois de Dudamel (e não foram poucos), um certo padrão foi mantido.
Ademais, alguns jogadores como Rincón e Rondón, pegaram todo esse processo de transformação.
Imagem: Transfermarkt
Ambos iniciaram suas trajetórias pela Seleção Venezuelana em 2008. Isto sem contar as categorias de base, que conhecem desde muito antes desta época.
Hoje, com 36 e 34 anos, respectivamente, eles dão todo o suporte necessário para os jogadores mais jovens que vem surgindo há algum tempo.
Atletas de destaque no Campeonato Brasileiro como, Soteldo, Savarino, Ferraresi e Kervin Andrade estão presentes na equipe e em franco desenvolvimento.
Além do mercado brasileiro, a seleção conta com diversos jogadores na MLS e na Europa.
Herrera, por exemplo, foi um dos destaques da campanha histórica do Girona em La Liga, anotando cinco gols em em 29 partidas, marca impressionante para um meia central.
Desta maneira, uma base muito sólida vem se formando, fazendo com que a Venezuela possa ver à sua porta a possibilidade real de se classificar para sua primeira Copa do Mundo, bem como fazer uma ótima campanha nesta Copa América 2024.
Imagem: Transfermarkt
Escrito por Vitor F L Miller.